21 setembro, 2010

Deusa Verde

Gente estranha, música alta, mulheres possíveis e impossíveis, alguns amigos e muitos desconhecidos. Muita gente, pouco espaço.

Tudo parecia normal rotineiro, eis que no canto qualquer, surge uma deusa: altura exata, pernas torneadas, seios do diâmetro da minha mão, pele branca igual ao meu espanto, cabelos negros como a minha alma.

Ela dançava freneticamente, como se a vida fosse o único palco e a dança um conexão com Deus, que orgulhoso assistia sua criação.

A Deusa parece dominar aquele espaço, pouco mais de um metro e meio de uma circunferência perfeita, talhada por algum artista cósmico, quem em seus sulcos, jogou sal, pois impedia que vampiros sedentos, sequer sentissem o seu cheiro.

Os seres que a cercavam começaram a desaparecer um a um, como uma medusa ao avesso todos viraram estátuas de espelho, não existiam mais pessoas ou objetos só ela e o tempo, que rendido parou.

06 setembro, 2010