27 junho, 2009

O MENINO COM A LUPA

[click na imagem para ampliar]

É, talvez.

Ela:
-Você tem que entender que existem várias formas de se amar alguém.
Ele:
-E você precisa aceitar que só uma forma interessa a outra pessoa.
-...
-...




(Hosana Lemos)

26 junho, 2009

DIARRÉIA VISCERAL

Noites frias e fugidias...
Espero-te por teu encontro
Numa brisa de torpor
Que arda meu coração de cinzas
E que lance no futuro
Uma lança flamengante
De vicissitudes etinerantes
Buscai junto ao cosmo
Os resto que me restaram
Dessa noite sem fim
Alertai o pai nosso
Para que atenda as minhas preces
De causa liberdade
Para usurpar da felicidade
Um pouco do nécta
da abestiada idéia
Diarréia visceral...

TEMPOS DE LOBO

Autor: Flavio Simões

Em tempos de lobos
Refugiu-me no silêncio
Dos meus sonhos
Em imagens sem aúdio
Num preto-e-branco lúdico
De insanidade transparente

Em tempos de lobos
Percorro nu
Na neblina azul
De uma realidade aparente
Encoberta pelo mistério
Do mistério chamado gente

Em tempos de lobos
Desfaço os sentidos
Por mim escolhido
E escolho um abrigo
Para que faça sentido
Sem precisar mentir

Em tempos de lobos
Questiono o amor
E provo o desabor
De saber que no fundo
As profundidades iludem
E nas superfícies
Amiúde,
Há uma razão para existir
Mentira...

Engano-me
Nos meus sonhos eu sei
E você sabe

21 junho, 2009

Selo dos Malvados

<a href="http://www.malvados.com.br" target="_blank"><img src="http://www.malvados.com.br/selo1.gif" width="112" height="40" border="0"></a>

Malvados – Encontro Anual dos Donos do Mundo - 6

Fonte: http://www.malvados.com.br/donosdomundo/donosdomundo0.html

Malvados – Encontro Anual dos Donos do Mundo - 5

Fonte: http://www.malvados.com.br/donosdomundo/donosdomundo0.html

Malvados – Encontro Anual dos Donos do Mundo - 4

 

Fonte: http://www.malvados.com.br/donosdomundo/donosdomundo0.html

Malvados – Encontro Anual dos Donos do Mundo - 1

Fonte: http://www.malvados.com.br/donosdomundo/donosdomundo0.html

Malvados – Encontro Anual dos Donos do Mundo - 2

Fonte: http://www.malvados.com.br/donosdomundo/donosdomundo1.html

João Montanaro

 

 

Fonte: http://porjoao.blogspot.com/

A dor de Bianca

Bianca só tinha 19 anos, mas sua cabeça já era bem mais experiente.
Era boa aluna, ótima filha, a amiga perfeita. Era loira, corpo definido e tinha um sorriso incomum.
Acordou pela manhã, foi a faculdade, levou seu dia como outro qualquer.
A noite em seu quarto, vestiu o melhor vestido, passou o melhor perfume e calçou o melhor sapato.
Sentou-se em frente ao seu espelho, pegou a escova e penteou mais uma vez seus cabelos dourados.
Pôs na boca um batom bem vermelho, e enfeitou seus olhos azuis.
Sorriu mais uma vez, olhou-se e olhou-se, estava perfeita.
Abriu uma gaveta que tinha ao lado e tirou de lá um pequeno revólver que tinha arrumado com o seu melhor amigo Tiago.
Segurou com a mão direita, pôs acima do ouvido.
Caiu uma última lágrima e criou-se um último sorriso na face.
Puxou o gatilho.
Sua mãe que estava na cozinha, correu para ver o que tinha ocorrido. Chegou ao quarto e sem acreditar no que via gritou com toda a força que podia. Entorpecida e aérea ainda conseguiu enxergar uma pequena carta que Bianca deixara em cima da cama.
Dizia assim...

"A culpa não foi de ninguém, a culpa também não foi minha. Covarde talvez eu seja, fraca quem sabe. Não suportei, tentei segurar, tentei lutar contra. Essa dor maldita foi mais forte que eu. O amor me corroeu por dentro, começou com uma picada de leve, depois foi consumindo todo meu corpo, como uma espécie de infecção. A cura para o que eu tinha era o próprio problema. Ele era ao mesmo tempo o causador de minha felicidade e o feitor de minha destruição.
Minha dor já não se contetava apenas em transbordar pelo olhos, ela queria mais, queria meu corpo, minha alma e minha essência.
Eu estava envolta em um beco escuro e sem luz.
Eu já estava morta a tempos, somente meu corpo é que ainda insistia em se pôr de pé.
A tristeza me abraçou e não me largou mais, minha esperança tinha chegado ao fim, e minhas forças...minhas forças foram sumindo.
Fui vítima de um amor infeliz, um amor que tirou de mim minha própria vida...ele foi mais forte que eu, mais forte que qualquer coisa que me cercasse.
A vida já era vista em duas cores somente, o preto e o branco...
Desespero era minha constância e minha rotina...A sina de pensar naquele dito cujo ia preenchendo todos os meus segundos, ia me transportando para um mundo onde a única coisa que importava era ele.
E a dor foi aumentando, a cada sorriso não recebido, a cada não jogado em mina cara...eu ia me acabando aos pouquinho, morrendo a cada declaração não dita.
Cheguei em um ponto onde não se havia nada a fazer, não me adaptei às circunstâncias e não lutei contra o amor, eu queria o amor. A minha necessidade dele era tamanha que eu não me importava com a ferida exposta que ia crescendo nesse músculo involuntário no meio de meu peito.
Minha dor era só a minha, e minha vida também.
Eu já era a dor em si, me transformei em um depósito carregado de frustrações.
No fundo via em minha morte a libertação, o refúgio...a liberdade.
Deslumbrei-me com a idéia de ser livre, mesmo que morta. Pura, mesmo que sem vida.
Matei comigo a minha dor, a minha angústia e o meu amor venenoso...
Creio que me libertei enfim.
Eu não fui feliz, tentei, mas não fui...falta de sorte talvez...
Me rendi ao fracasso de não poder suportar a própria vida, e se eu não posso suporto-la não sou merecedora de tal.
Deixo a todos o meu último adeus, as minhas últimas linhas...
Nasci por causa de um amor, e por um amor eu morri!
Adeus."

_______________Bianca Lacerda de Brito


(Hosana Lemos)

18 junho, 2009

MALDITO OLHO!


Odeio minha poesia carcomida,
Tão fútil e pedante!
Mostra a todos, desinibida.
Minha estupidez gigante.

Odeio minha tristeza recorrente.
Minha esperança parca e vã,
Que não enxerga na alegria ausente,
Extertores de uma mente sã.

Maldito coração! Carne que geme...
Quero o carisma cão:
Domínio de nossa mente.

Mas em mim, a razão jaz.
Restando a dor intensa,
Aonde planos de paz?
Apenas reticências...

16 junho, 2009

Hoje, hoje não

Nós estávamos ao telefone, conversando sobre coisas, sobre nada...sobre a gente.

"É melhor pra você me esquecer, Hosana", ele falou assim. Falou baixinho, não tinha tom de raiva, tava com uma voz serena, um toque de preocupação.

Esquecer? Como assim esquecer?
Tem algum botão em minha testa com
"Sentimentos: on e off"?
Como assim esquecer?
"Plim", não gosto mais de você!"
Você disse que sabia que não ia ser fácil para mim, lógico que não vai ser!
Não me venha com frases de auto-ajuda! Por favor, não agora...
"É melhor para você", eu sei o que é melhor para mim, e nesse instante eu garato que não está relacionado a ficar longe de ti.
Eu entendo o motivo por que não estás comigo, eu teria feito a mesma coisa...garanto.
Mas por favor não vem me falar que eu vou ficar bem, que eu vou te equecer, que foi lindo mas acabou.
É tudo clichê, frases reais mas clichês. E no momento eu não preciso disso.
Você diz que eu vou encontrar alguém melhor, alguém que me complete...só que você esquece que eu já encontrei, eu não quero outra pessoa, eu não quero outra boca, o que eu desejo e o que eu sonho está em você. Pronto, acabou.
Eu posso até saber que vou conseguir te arrancar daqui de dentro, saber que tudo isso vai passar, que eu vou encontrar a calmaria...mas nesse instante, nesse exato segundo, eu...
Não me pede pra eu sumir de tua vida, pra eu tentar não ligar, eu não sou um robô.
Te evitar? Onde você tá com a cabeça pra me pedir isso? Eu não quero.
Eu quero te encontrar, falar, conversar, te abraçar, chorar.
Eu te quero em minha vida,eu quero você aqui, do meu lado...
"É melhor pra você", por mais que eu saiba que talvez isso seja uma verdade, eu não quero isso agora. Eu quero você, você! Só e somente só.
Não, não faz isso comigo, não me pede pra eu me conformar. Eu não me conformo, de maneira alguma. Conformismo nunca foi o meu forte, você sabe disso...não me pede pra achar tudo isso normal...pra mim nunca será normal, não mesmo.
Disse que sua decisão já foi tomada, que não tem volta...Eu entendo, mas não concordo.
Esquecer? Um dia, talvez...
No momento, me deixa aqui...com minhas esperanças, com minhas dores, com minha angústia, sem querer te esquecer, sem querer te deixar de lado.
Me solta aqui, agarrada as tuas lembranças, segurando com todas as forças as memórias que te contém...
Não, eu não quero te esquecer, não agora, não hoje...hoje eu quero lembrar, recordar, sonhar...
Hoje eu quero você, somente...e isso, isso me basta!

(Hosana Lemos)

13 junho, 2009

CONDIÇÃO





Eu tenho uma amiga que anda chovendo...
(serão pingos derramados na madrugada?)

Ela é tão linda quanto os pixels me permitem supor,
E, de alguma forma, me conecto à sua dor.

Somos irmãos de blog, doando emoções,
Por páginas e telas coloridas.
Implorando à cibernéticos ermitões,
Que comentem suas visitas.

Talhamos em teclas confidentes,
Nacos de nossas fraquezas,
Esperando – um pouco reticentes,
Dicas para superar tristezas.

- Os poetas escrevem melhor nas sombras!
Disse, certo dia, um letrado,
- Mas precisava ser tão escuro?
Resmungo eu, cabisbaixo...

A Hosana, minha índia lírica,
Desejo sorrisos em profusão,
Melhor antídoto não há,
Para superar qualquer má condição.

12 junho, 2009

Ah Saudade!

Saudades,
Do teu sorriso,
Da tua face

Tudo em ti me alucina.
Faz da minha vida um paraíso,
Faz ter-me a vontade de tornar menino
De poder realizar os meus sonhos perdidos no tempo

Perdi-me no emaranhado da vida,
Das variações do meu cotidiano.
Esse cotidiano que me afoga na rotina
Quando lembro de ti
Me refaço de novo,
Tentando assim ti conquistar de novo
Só tu trazes de volta a minha essência,
Me da uma nova vida

11 junho, 2009

Informática

*Esse povo que trabalha por telefone tambémsofre... Coitados!!!

Veja o que aconteceu em um Suporte Técnico de Informática.
Esta é uma historia verídica que ocorreu em uma famosa empresa de São Paulo.
Não precisaria dizer que a pessoa que trabalhava nos uporte foi demitida, mas ''ela esta movendo um processo contra a organização, que a demitiu por ''justa causa.
Segue o diálogo entre o ex-funcionário e o cliente daempresa:

- Help desk assistência, posso ajudar?
- Sim, bem... estou tendo problema com o Word.
- Que tipo de problema?
- Bem, eu estava digitando e, de repente, todas as palavras sumiram.
- Sumiram?
- Elas desapareceram. Nada.
- Nada?
- Está preta. Não aceita nada que eu digite.
- Você ainda está no Word ou já saiu?
- Como posso saber?
- Você vê o Prompt C: na tela?
- O que é esse 'promete-se'?
- Esquece. Você consegue mover o cursor pela tela?
- Não há cursor algum. Eu te disse, ele não aceita nada que eu digite.
- Seu monitor tem um indicador de força?
- O que é monitor?
- É essa tela que parece com uma TV. Ele tem uma luzinha que diz quando está ligado?
- Não sei.
- Bom, olhe atrás do monitor, então veja aonde estáligado o cabo de força. Você consegue fazer isso?
- Acho que sim.
- Ótimo. Siga para aonde vai o cabo e me diga se ele está na tomada.
- Tá sim.- Atrás do monitor, você reparou que existem dois cabos?
- Não.- Bom, eles estão aí. Preciso que você olhe e ache ooutro cabo.
- Ok, achei.
- Siga-o e veja se ele está bem conectado na parte traseira do computador.
- Não alcanço!
- Hum. Você consegue ver se está?
- Não.- Mesmo se você ajoelhar ou se debruçar sobre ele?
- Ah, não, tá muito escuro aqui!
- Escuro?
- Sim, a luz do escritório tá desligada, e a única luz que eu tenho vem dajanela, lá do outro lado.- Bom, acenda a luz então!
- Não posso.
- Por que não?
- Porque estamos sem energia.
- Estão... sem energia...?
Longa pausa...
- Ah! ok, descobrimos o problema agora! Você ainda tem acaixa de papelão e os manuais que vieram com o seu micro?
- Sim, estão no armário.
- Bom! Então, você desconecta o seu sistema, pega tudo,empacota e leva devolta para a loja.
- Sério?? O problema é tão grave assim?
- Sim, temo que seja.
- Bom, então tá. E o que eu digo na loja?
- Diga que você é BURRO demais pra ter um computador!!!

03 junho, 2009

DESPEDIDA

Este é o último poema que teço pra você.
Não por deixar de te amar,
Mas apenas para não mais sofrer.

Escrevo de qualquer forma:
Versos longos, língua caótica,
Tolas rimas, palavras tortas,
Puro sangue, sem normas.

Quem sabe o mal que se esconde,
No peito de quem tem saudade?
Sorrisos, antes pontes,
Retiram-se em inerte maldade.

E eu tenho que dizer adeus a esse amor.
Mas se o amor me define, quem sou?

Azedume ar. Salobra água.
Hirto caminho, solitária cama.

Doce amargura remoída,
Rancor e lágrimas.
Despedida.

CONDIÇÃO


Eu tenho uma amiga que anda chovendo...
(serão pingos derramados na madrugada?)
Ela é tão linda quanto os pixels me permitem supor,
E, de alguma forma, me conecto à sua dor.

Somos irmãos de blog, doando emoções,
Por páginas e telas coloridas.
Implorando à cibernéticos ermitões,
Que comentem suas visitas.

Talhamos em teclas confidentes,
Nacos de nossas fraquezas,
Esperando – um pouco reticentes,
Dicas para superar tristezas

- Os poetas escrevem melhor nas sombras!
Disse, certo dia, um letrado,
- Mas precisava ser tão escuro?
Resmungo eu, cabisbaixo...

A Hosana, minha índia lírica,
Desejo sorrisos em profusão,
Melhor antídoto não há,
Para superar qualquer má condição.