08 dezembro, 2009

PEDRA, PAPEL, TESOURA




Edward Mãos de Tesoura, Wolverine, e Freddy Krueger brincando de "Pedra, Papel, Tesoura"... Qual deles ganha??
.
.
.
.
a imagem eu peguei lá no Treta [www.treta.com.br]

03 dezembro, 2009

VERDADES INCONTESTÁVEIS

"... mulher sempre escolhe mal o marido... Mulher só escolhe bem o amante..."


"Viúva, Porém Honesta" - Nelson Rodrigues
.
.
.
.
Esse Nelson é f#d@!!

18 novembro, 2009

16 novembro, 2009

QUANDO UM BURACO É A MELHOR COISA A SE TER POR PERTO!

Adando pela rua, avisto ao longe um amigo que há muito não o via. Ele está careca. Quando me aproximo dele, armo um sorriso no rosto - o maior que consigo -, abro os braços e lhe saúdo:

- Opa, rapaz!! Pelo qu'eu 'tou vendo, passou no vestibular, hein?! Parab...

Ele me interrope:

- Não, não passei. 'Tou com câncer.

- ...

Acho que completar a frase agora não ia fazer muito sentido, né?!

15 novembro, 2009

A Estréia

Qualquer coisa

Ultimamente a vida tem dado na minha cara.
Caras de pau, olham para minha cara lavada
querendo cravar suas cretinices em meus cravos.


Caras canalhas
Cultivam crises crescente diante
de suas caras metades.
Carência,esquisofrenia ou discalculia?
Minha cara cretina não basta para calar?


Caralho! Para quê?

Postado por: qual a duvida?
Hora: qualquer uma
Data real: hum... Caramba!!!!

02 novembro, 2009

Não existem vencedores

A tua imagem no espelho é a própria aspirando humanidade
A minha imagem refletida, a ironia buscando identidade
Duas imagens uma tentativa.
Dois sentimentos, um ferimento apenas?
Vidro e mármore em um duelo.
Cortantes maciças engasgaram as veias do ar.

Calar é...

As palavras no cubículo da razão
São mais vivas, mais doces, concisas, corretas...
Mas basta elas transporem o imaginário,
Ganharem o corpo
E os mecanismos vitais as derem a armadura do som,
Para elas tornarem-se frágeis, inócuas, marionetes...
Amar é ficar calado.

Perdão

Encontrei um corpo entre escombros e folhas
Com os olhos e bocas vendadas
O tempo se fazia presente

Aproximação parecia improvável
Mas o pavor se transformou
Em colar de falso ouro.

A imagem augusta e angelical
Era de um corpo cego e incompleto
Unido pelo passado

Os braços longe do corpo abraçavam
o futuro
As pernas retorcidas formavam
Um sinal cristão.
O silêncio e eternidade beijavam-se
Invejados pela dor.

Esperei que segundos imastigáveis,
Lágrimas trouxessem.
Veio um sorriso, leve e calmo
Que meu colar escondei de Deus
Corri buscando o presente

Uma espessa e única gota cai do céu havia perdoado mais uma vez.

01 novembro, 2009

Santíssima Trindade

Um estrondo invade meu quarto
Através de uma ferida em minha janela,
Rabisca meus quadros,
Faz pouco caso das minhas fotografias,
Filosofa sobre os meus livros
E paira no incólume pingente
Que carinhosamente roubei.

Um zunido envolve minha cama,
Mantendo a distância
Comum ao pedantes.
Ficamos em um jogo sensorial
De contemplação
A inquietação e a inércia duelam
Naquela Celeuma psicodélica e dolorosa
Mas o relógio pára e
O instante recomeça.
Uma vereda surge na parede e
O zunido desaparece

Agora um arquejo utiliza meu corpo,
Confunde o meu tato,
Combina sabores em meu paladar e
Inutiliza meu olfato.
Totalmente fragmento, percebo:
Há centelhas em meus olhos e
Radares em meus ouvidos.
Meu instinto predador é ativado
(isso me incomoda)
Abro as janelas e as possibilidades...

Procuro a gênese dos acontecimentos, mas...
Não vejo gatos.
Não vejo carros.
Não vejo bêbados.
Até as estrelas fogem de meu instinto.
deus, o que me incomoda tanto?
(Dores de cabeça e um momento de Lucidez)
É o silêncio chorando
Por medo da solidão.

29 outubro, 2009

Patativa do Assaré

O prosador do povo
Faz da vida uma poesia
Ele tinha o Dom Divino

Prosava de tudo
Da natureza à democracia
Da discriminação à libertação

Falava do aqui e do agora

Mostrando que dá tristeza do sertão
Não sobresai e nem ganha
Do coração desse povão
Que traz alegria no coração

No nordeste de meu Deus
Se consagrou esse trio
Gonzagão no Baião
Pe. Cícero na religião
E Patativa na imaginação e na prosação

10 outubro, 2009

Vida política

Que Saco
O cara demora só por ser deputado

Olha onde o mundo foi parar
a pessoa que era pra servir
Hoje quer é se gabar,
Pelo que fez e o que ainda pode fazer

Ai eu pergunto do que ele quer se gabar
Se o seu dever é trabalhar

Pelo povo e para o povo

Enquanto existir gente assim
e a população não se tornar cidadão
O Brasil ainda vai ser uma esculhambação

14 setembro, 2009

Primeiro Prazer

Meu primeiro prazer
Meu primeiro desejo

Sua boca

A união dos lábios
A intensidade do desejo
Que aguça todos os meus sentidos e sentimentos

O Toque dos lábios
O sabor da tua boca
O cheiro da tua pele
O som dos nossos corpos
O olhar entrelaçado

Unicamente focado em você
O mundo se torna apenas você

29 agosto, 2009

Ah, vai se...

Alguns aqui devem ter visto na tv aquela professora que foi demitida por que apareceu um vídeo onde a mesma estava dançando mais 'sensualmente' em cima de um palco.

Agora me diga uma coisa!
E DAÍÍÍ???!!!!
Pelo amor de Deus Senhor Jesus Cristo, se ela tivesse transando com alguém em plena praça da Sé o que é que tem haver o fato da integridade dela como professora ser prejudicada.
Não estou aqui pra defender ninguém, apenas pra dizer que antes de tudo todo mundo é ser humano, tem uma vida, é de carne e osso.
PRECONCEITO, isso sim!
Foda-se o que ela faz nas horas vagas e o que ela deixa de fazer...
Ela é responsável no emprego? Faz o trabalho bem feito?
EXPLODA-SE se ela planta bananeira nas horas vagas ou se gosta de flertar com mulheres!
Hipócritas...
Se for assim, dependendo da sua 'posição social'[pfff] você não deve mais realizar determinadas 'coisas'.
Evangélicos não podem fazer sexo, padres não podem ficam excitados, professoras têm que se tornar robôs "pra dá o exemplo".
Vai julgar a competência profissional de uma pessoa por isso?
Se for assim, todo mundo que fuma maconha é vagabundo, toda loira é burra, todo mundo que tem tatuagem é malandro e quem não vai a missa é infeliz...e nenhum serve "pra o serviço".
Faça-me o favor!
ODEIO essas pessoinhas que pagam de certinhas, de santinhos...do pau oco!
Se tu faz uma coisa, vai lá e assume, mas num fica recriminando uma pessoa que pelo menos teve a coragem de mostrar quem realmente é...idependente da profissão ou do tanto que recebe no final do mês!
É mesma coisa de dizer que eu não sou "moça pra casar" por que eu falo palavrão.
E sabe de uma coisa, cansei...

(Hosana Lemos)

25 julho, 2009

Nem aí

Não julgue que eu sinto, ou o que você acha que eu sinto.
Eu sou mais do que diz os seus conceitos banais.
Foda-se sua opnião mal calculada.
Eu digo o que digo, você acha o que quer.
Se eu declaro que isso é isso, então é por que é...se vai acreditar ou não, é um problema inteiramente seu.
Se eu digo que gosto, é por que gosto...se digo que odeio, é por que odeio.
Sem mais.
Não julgue o que você supõe, não formule certezas sobre mim, eu vou além delas...eu estou além de uma mera explicação.
Não tenha verdades concretizadas sobre o meu eu, no fundo creio que estão todas equivocadas.
Consciência limpa, isso para mim é um dos fatores que importa no final.
Concorda? Não concorda? Não quero mais nem saber, foda-se!

(Hosana Lemos)

08 julho, 2009

A DAMA PRATEADA DE UMA NOITE ÚMIDA


A atmosfera era inebriante: copos de bebidas balançando nas mãos musicadas de casais, que exibiam suas sexualidades quase sempre enclausuradas em papeis sociais bem-comportados; conversas desconexas conectadas a danças embaladas por músicas de um passado tão próximo quanto desconhecido; a cacofonia urbana convencional substituída pela nada convencional vontade de divertir-se numa festa estranha com gente esquisita. Tudo embalsamado por uma chuva caudolosa: Férias + Parque do Cocó + shows gratuitos.
Antes dela começar, momentos preciosos foram perdidos por um atraso qualquer. Um narrador despreparado tentava acalmar ânimos, amigos gritavam em coro “Queremos Maria Rita!”, outros berravam jocosamente “Deixa pra lá, chama a mãe dela!”, “Toca Raul!”. Alguns se beijavam. Outros riam. Quase todos bebiam outros goles de seus somas liquefeitos, enquanto uma luz era projetada no palco vazio...
Até que um silêncio cerimonioso foi estuprado por palmas e gritos de boas vindas. Era Ela. Atrasada? Sim. Meio sem-jeito? Sim. Com um vestido criminosamente sexy e uma voz adoentada por uma gripe que insistia em acompanha-la há alguns dias. Maria Rita Costa Camargo Mariano. Ou simplismente Maria Rita.
Não sei o nome da maioria das musicas que ela cantou. Pouco importa. Como disse um amigo, ela é o tipo de intérprete que torna impossível acompanhar suas “cantadas”, tamanha a destreza vocal de seu talento. Obviamente houve momentos ímpares – Encontros e despedidas, Cara valente, Pagu - mas não adianta relatar agora. Se você estava presente, minhas mal-traçadas linhas nada representaram daquela noite. Se você não estava, perdeu um momento único. Qualquer dúvida a respeito do talento de Maria Rita se esvai diante de sua exuberante performance num palco. E de suas lindas pernas é claro.

02 julho, 2009

Era vidro e se quebrou.

Eu até sentia saudade.
Sentia.
Sinto?
Sentirei?
Vai acalmando, aos pouco.
O abraço, o beijo, o calor...necessidade cadê?
Perdendo altitude.
Emoções se esvairindo, pousando.
Talvez tudo esteja lá no canto guardado, recuado, acabado.
Desejos silenciados, silenciosos agora então.
Emoções digerindo doses de razão, de realidade, de frieza.
Eu até sonhava com mais uma chance!
Sonhava.
Sonho?
Sonharei?
Sorrindo novamente, sorriso largo, farto.
Necessidade de mim, carência apenas de meu eu.
Eu até sentia saudade, eu até sentirei...eu até que sinto.
Talvez.
Esfriando o que era quente, extinguindo o que era fogo.

(Hosana Lemos)

27 junho, 2009

O MENINO COM A LUPA

[click na imagem para ampliar]

É, talvez.

Ela:
-Você tem que entender que existem várias formas de se amar alguém.
Ele:
-E você precisa aceitar que só uma forma interessa a outra pessoa.
-...
-...




(Hosana Lemos)

26 junho, 2009

DIARRÉIA VISCERAL

Noites frias e fugidias...
Espero-te por teu encontro
Numa brisa de torpor
Que arda meu coração de cinzas
E que lance no futuro
Uma lança flamengante
De vicissitudes etinerantes
Buscai junto ao cosmo
Os resto que me restaram
Dessa noite sem fim
Alertai o pai nosso
Para que atenda as minhas preces
De causa liberdade
Para usurpar da felicidade
Um pouco do nécta
da abestiada idéia
Diarréia visceral...

TEMPOS DE LOBO

Autor: Flavio Simões

Em tempos de lobos
Refugiu-me no silêncio
Dos meus sonhos
Em imagens sem aúdio
Num preto-e-branco lúdico
De insanidade transparente

Em tempos de lobos
Percorro nu
Na neblina azul
De uma realidade aparente
Encoberta pelo mistério
Do mistério chamado gente

Em tempos de lobos
Desfaço os sentidos
Por mim escolhido
E escolho um abrigo
Para que faça sentido
Sem precisar mentir

Em tempos de lobos
Questiono o amor
E provo o desabor
De saber que no fundo
As profundidades iludem
E nas superfícies
Amiúde,
Há uma razão para existir
Mentira...

Engano-me
Nos meus sonhos eu sei
E você sabe

21 junho, 2009

Selo dos Malvados

<a href="http://www.malvados.com.br" target="_blank"><img src="http://www.malvados.com.br/selo1.gif" width="112" height="40" border="0"></a>

Malvados – Encontro Anual dos Donos do Mundo - 6

Fonte: http://www.malvados.com.br/donosdomundo/donosdomundo0.html

Malvados – Encontro Anual dos Donos do Mundo - 5

Fonte: http://www.malvados.com.br/donosdomundo/donosdomundo0.html

Malvados – Encontro Anual dos Donos do Mundo - 4

 

Fonte: http://www.malvados.com.br/donosdomundo/donosdomundo0.html

Malvados – Encontro Anual dos Donos do Mundo - 1

Fonte: http://www.malvados.com.br/donosdomundo/donosdomundo0.html

Malvados – Encontro Anual dos Donos do Mundo - 2

Fonte: http://www.malvados.com.br/donosdomundo/donosdomundo1.html

João Montanaro

 

 

Fonte: http://porjoao.blogspot.com/

A dor de Bianca

Bianca só tinha 19 anos, mas sua cabeça já era bem mais experiente.
Era boa aluna, ótima filha, a amiga perfeita. Era loira, corpo definido e tinha um sorriso incomum.
Acordou pela manhã, foi a faculdade, levou seu dia como outro qualquer.
A noite em seu quarto, vestiu o melhor vestido, passou o melhor perfume e calçou o melhor sapato.
Sentou-se em frente ao seu espelho, pegou a escova e penteou mais uma vez seus cabelos dourados.
Pôs na boca um batom bem vermelho, e enfeitou seus olhos azuis.
Sorriu mais uma vez, olhou-se e olhou-se, estava perfeita.
Abriu uma gaveta que tinha ao lado e tirou de lá um pequeno revólver que tinha arrumado com o seu melhor amigo Tiago.
Segurou com a mão direita, pôs acima do ouvido.
Caiu uma última lágrima e criou-se um último sorriso na face.
Puxou o gatilho.
Sua mãe que estava na cozinha, correu para ver o que tinha ocorrido. Chegou ao quarto e sem acreditar no que via gritou com toda a força que podia. Entorpecida e aérea ainda conseguiu enxergar uma pequena carta que Bianca deixara em cima da cama.
Dizia assim...

"A culpa não foi de ninguém, a culpa também não foi minha. Covarde talvez eu seja, fraca quem sabe. Não suportei, tentei segurar, tentei lutar contra. Essa dor maldita foi mais forte que eu. O amor me corroeu por dentro, começou com uma picada de leve, depois foi consumindo todo meu corpo, como uma espécie de infecção. A cura para o que eu tinha era o próprio problema. Ele era ao mesmo tempo o causador de minha felicidade e o feitor de minha destruição.
Minha dor já não se contetava apenas em transbordar pelo olhos, ela queria mais, queria meu corpo, minha alma e minha essência.
Eu estava envolta em um beco escuro e sem luz.
Eu já estava morta a tempos, somente meu corpo é que ainda insistia em se pôr de pé.
A tristeza me abraçou e não me largou mais, minha esperança tinha chegado ao fim, e minhas forças...minhas forças foram sumindo.
Fui vítima de um amor infeliz, um amor que tirou de mim minha própria vida...ele foi mais forte que eu, mais forte que qualquer coisa que me cercasse.
A vida já era vista em duas cores somente, o preto e o branco...
Desespero era minha constância e minha rotina...A sina de pensar naquele dito cujo ia preenchendo todos os meus segundos, ia me transportando para um mundo onde a única coisa que importava era ele.
E a dor foi aumentando, a cada sorriso não recebido, a cada não jogado em mina cara...eu ia me acabando aos pouquinho, morrendo a cada declaração não dita.
Cheguei em um ponto onde não se havia nada a fazer, não me adaptei às circunstâncias e não lutei contra o amor, eu queria o amor. A minha necessidade dele era tamanha que eu não me importava com a ferida exposta que ia crescendo nesse músculo involuntário no meio de meu peito.
Minha dor era só a minha, e minha vida também.
Eu já era a dor em si, me transformei em um depósito carregado de frustrações.
No fundo via em minha morte a libertação, o refúgio...a liberdade.
Deslumbrei-me com a idéia de ser livre, mesmo que morta. Pura, mesmo que sem vida.
Matei comigo a minha dor, a minha angústia e o meu amor venenoso...
Creio que me libertei enfim.
Eu não fui feliz, tentei, mas não fui...falta de sorte talvez...
Me rendi ao fracasso de não poder suportar a própria vida, e se eu não posso suporto-la não sou merecedora de tal.
Deixo a todos o meu último adeus, as minhas últimas linhas...
Nasci por causa de um amor, e por um amor eu morri!
Adeus."

_______________Bianca Lacerda de Brito


(Hosana Lemos)

18 junho, 2009

MALDITO OLHO!


Odeio minha poesia carcomida,
Tão fútil e pedante!
Mostra a todos, desinibida.
Minha estupidez gigante.

Odeio minha tristeza recorrente.
Minha esperança parca e vã,
Que não enxerga na alegria ausente,
Extertores de uma mente sã.

Maldito coração! Carne que geme...
Quero o carisma cão:
Domínio de nossa mente.

Mas em mim, a razão jaz.
Restando a dor intensa,
Aonde planos de paz?
Apenas reticências...

16 junho, 2009

Hoje, hoje não

Nós estávamos ao telefone, conversando sobre coisas, sobre nada...sobre a gente.

"É melhor pra você me esquecer, Hosana", ele falou assim. Falou baixinho, não tinha tom de raiva, tava com uma voz serena, um toque de preocupação.

Esquecer? Como assim esquecer?
Tem algum botão em minha testa com
"Sentimentos: on e off"?
Como assim esquecer?
"Plim", não gosto mais de você!"
Você disse que sabia que não ia ser fácil para mim, lógico que não vai ser!
Não me venha com frases de auto-ajuda! Por favor, não agora...
"É melhor para você", eu sei o que é melhor para mim, e nesse instante eu garato que não está relacionado a ficar longe de ti.
Eu entendo o motivo por que não estás comigo, eu teria feito a mesma coisa...garanto.
Mas por favor não vem me falar que eu vou ficar bem, que eu vou te equecer, que foi lindo mas acabou.
É tudo clichê, frases reais mas clichês. E no momento eu não preciso disso.
Você diz que eu vou encontrar alguém melhor, alguém que me complete...só que você esquece que eu já encontrei, eu não quero outra pessoa, eu não quero outra boca, o que eu desejo e o que eu sonho está em você. Pronto, acabou.
Eu posso até saber que vou conseguir te arrancar daqui de dentro, saber que tudo isso vai passar, que eu vou encontrar a calmaria...mas nesse instante, nesse exato segundo, eu...
Não me pede pra eu sumir de tua vida, pra eu tentar não ligar, eu não sou um robô.
Te evitar? Onde você tá com a cabeça pra me pedir isso? Eu não quero.
Eu quero te encontrar, falar, conversar, te abraçar, chorar.
Eu te quero em minha vida,eu quero você aqui, do meu lado...
"É melhor pra você", por mais que eu saiba que talvez isso seja uma verdade, eu não quero isso agora. Eu quero você, você! Só e somente só.
Não, não faz isso comigo, não me pede pra eu me conformar. Eu não me conformo, de maneira alguma. Conformismo nunca foi o meu forte, você sabe disso...não me pede pra achar tudo isso normal...pra mim nunca será normal, não mesmo.
Disse que sua decisão já foi tomada, que não tem volta...Eu entendo, mas não concordo.
Esquecer? Um dia, talvez...
No momento, me deixa aqui...com minhas esperanças, com minhas dores, com minha angústia, sem querer te esquecer, sem querer te deixar de lado.
Me solta aqui, agarrada as tuas lembranças, segurando com todas as forças as memórias que te contém...
Não, eu não quero te esquecer, não agora, não hoje...hoje eu quero lembrar, recordar, sonhar...
Hoje eu quero você, somente...e isso, isso me basta!

(Hosana Lemos)

13 junho, 2009

CONDIÇÃO





Eu tenho uma amiga que anda chovendo...
(serão pingos derramados na madrugada?)

Ela é tão linda quanto os pixels me permitem supor,
E, de alguma forma, me conecto à sua dor.

Somos irmãos de blog, doando emoções,
Por páginas e telas coloridas.
Implorando à cibernéticos ermitões,
Que comentem suas visitas.

Talhamos em teclas confidentes,
Nacos de nossas fraquezas,
Esperando – um pouco reticentes,
Dicas para superar tristezas.

- Os poetas escrevem melhor nas sombras!
Disse, certo dia, um letrado,
- Mas precisava ser tão escuro?
Resmungo eu, cabisbaixo...

A Hosana, minha índia lírica,
Desejo sorrisos em profusão,
Melhor antídoto não há,
Para superar qualquer má condição.

12 junho, 2009

Ah Saudade!

Saudades,
Do teu sorriso,
Da tua face

Tudo em ti me alucina.
Faz da minha vida um paraíso,
Faz ter-me a vontade de tornar menino
De poder realizar os meus sonhos perdidos no tempo

Perdi-me no emaranhado da vida,
Das variações do meu cotidiano.
Esse cotidiano que me afoga na rotina
Quando lembro de ti
Me refaço de novo,
Tentando assim ti conquistar de novo
Só tu trazes de volta a minha essência,
Me da uma nova vida

11 junho, 2009

Informática

*Esse povo que trabalha por telefone tambémsofre... Coitados!!!

Veja o que aconteceu em um Suporte Técnico de Informática.
Esta é uma historia verídica que ocorreu em uma famosa empresa de São Paulo.
Não precisaria dizer que a pessoa que trabalhava nos uporte foi demitida, mas ''ela esta movendo um processo contra a organização, que a demitiu por ''justa causa.
Segue o diálogo entre o ex-funcionário e o cliente daempresa:

- Help desk assistência, posso ajudar?
- Sim, bem... estou tendo problema com o Word.
- Que tipo de problema?
- Bem, eu estava digitando e, de repente, todas as palavras sumiram.
- Sumiram?
- Elas desapareceram. Nada.
- Nada?
- Está preta. Não aceita nada que eu digite.
- Você ainda está no Word ou já saiu?
- Como posso saber?
- Você vê o Prompt C: na tela?
- O que é esse 'promete-se'?
- Esquece. Você consegue mover o cursor pela tela?
- Não há cursor algum. Eu te disse, ele não aceita nada que eu digite.
- Seu monitor tem um indicador de força?
- O que é monitor?
- É essa tela que parece com uma TV. Ele tem uma luzinha que diz quando está ligado?
- Não sei.
- Bom, olhe atrás do monitor, então veja aonde estáligado o cabo de força. Você consegue fazer isso?
- Acho que sim.
- Ótimo. Siga para aonde vai o cabo e me diga se ele está na tomada.
- Tá sim.- Atrás do monitor, você reparou que existem dois cabos?
- Não.- Bom, eles estão aí. Preciso que você olhe e ache ooutro cabo.
- Ok, achei.
- Siga-o e veja se ele está bem conectado na parte traseira do computador.
- Não alcanço!
- Hum. Você consegue ver se está?
- Não.- Mesmo se você ajoelhar ou se debruçar sobre ele?
- Ah, não, tá muito escuro aqui!
- Escuro?
- Sim, a luz do escritório tá desligada, e a única luz que eu tenho vem dajanela, lá do outro lado.- Bom, acenda a luz então!
- Não posso.
- Por que não?
- Porque estamos sem energia.
- Estão... sem energia...?
Longa pausa...
- Ah! ok, descobrimos o problema agora! Você ainda tem acaixa de papelão e os manuais que vieram com o seu micro?
- Sim, estão no armário.
- Bom! Então, você desconecta o seu sistema, pega tudo,empacota e leva devolta para a loja.
- Sério?? O problema é tão grave assim?
- Sim, temo que seja.
- Bom, então tá. E o que eu digo na loja?
- Diga que você é BURRO demais pra ter um computador!!!

03 junho, 2009

DESPEDIDA

Este é o último poema que teço pra você.
Não por deixar de te amar,
Mas apenas para não mais sofrer.

Escrevo de qualquer forma:
Versos longos, língua caótica,
Tolas rimas, palavras tortas,
Puro sangue, sem normas.

Quem sabe o mal que se esconde,
No peito de quem tem saudade?
Sorrisos, antes pontes,
Retiram-se em inerte maldade.

E eu tenho que dizer adeus a esse amor.
Mas se o amor me define, quem sou?

Azedume ar. Salobra água.
Hirto caminho, solitária cama.

Doce amargura remoída,
Rancor e lágrimas.
Despedida.

CONDIÇÃO


Eu tenho uma amiga que anda chovendo...
(serão pingos derramados na madrugada?)
Ela é tão linda quanto os pixels me permitem supor,
E, de alguma forma, me conecto à sua dor.

Somos irmãos de blog, doando emoções,
Por páginas e telas coloridas.
Implorando à cibernéticos ermitões,
Que comentem suas visitas.

Talhamos em teclas confidentes,
Nacos de nossas fraquezas,
Esperando – um pouco reticentes,
Dicas para superar tristezas

- Os poetas escrevem melhor nas sombras!
Disse, certo dia, um letrado,
- Mas precisava ser tão escuro?
Resmungo eu, cabisbaixo...

A Hosana, minha índia lírica,
Desejo sorrisos em profusão,
Melhor antídoto não há,
Para superar qualquer má condição.

30 maio, 2009

Pingos

Tá escorrendo pelo vidro...gota a gota.
Um pingo aqui, outro acolá.
Começou como quem não quer nada, logo após só se conseguia escutar o seu som.
Permaneci alí, parada, olhando.
-Tá chovendo forte né? - uma voz se fez. Acenei positivamente com a cabeça e voltei para o meu ritual.
Se fez branda, tornou-se forte...oscilando de intensidade.
Não consegui pensar direito em algo, eu estava fascinada pela água que atirava-se ao chão.
Eu apenas a admirava.
O céu estava sem estrelas, já não havia mais o sol...somente a chuva.
Um pingo após outro...um estralho aqui, outra gota deslizando naquele vidro transparente.
Por alguns instante me vi em um estado de paz, uma tranquilidade estarrecedora.
Não me veio nada na cabeça nenhum problema específico, ou qualquer que fosse a preocupação.
Aquele momento era meu e dela...ela cantando através da água e eu a retribindo com meu respeitoso silêncio.
Contemplando...direcionando os meus olhos aos pingos que se via.
Apenas assim, olhando através da vidraça aquele espetáculo solitário...venerando a beleza simples das gotas caindo do céu!

(Hosana Lemos)

27 maio, 2009

VER

O nosso amor? fenece.
Como morrem as margaridas.
Isso acontece...
Tudo bem, é a vida.

20 maio, 2009

Nenhuma jura

A culpa é minha.
A culpa é da minha mania de ter esperanças...de achar que ainda há uma forma, uma saída pra tudo isso.
Tento não imaginar...é quase impossível. Tento resistir, não dá.
Eu devia ter me controlado, ter contido o desejo e a vontade...foi mais forte que eu, sempre é.
E a cada vez que volto a te beijar é como se uma chama voltasse a ser acesa...
De repente vem aquele balde de água bem fria...você passa por mim e finge que nada houve, comporta-se com a maior naturalidade que se possa ter, me trata como mais uma de tua coleção.
Culpa minha não resistir a tua boca, culpa minha não saber controlar-me...culpa minha ir ao teu encontro tão facilmente.
O que mais me pertuba é o fato de você ter razão...eu não posso exigir nada te ti, nada!
E eu sinto raiva de mim mesma...raiva desses momentos de fraqueza, de atender às emoções tão cegamente.
Você não me fez promessas...não fez nenhuma jura. Nós não selamos nenhum pacto.
E eu sei que não tenho o direito de te recriminar pelo fato de passares por mim e cumprimentar-me como fazes com as demais pessoas, frio e seco...
Não assinamos nenhum contrato.
Você continua aí, fingindo normalidades...impondo a si mesmo uma neutralidade impenetrável.
E eu continua aqui, tentando copiar tua postura...culpando-me por minhas exageradas emoções, desejando que em algum momento a razão prevaleça...
A culpa? a culpa é minha...A fraqueza? a fraqueza também!

(Hosana Lemos)

MÉDICO, O MONSTRO

[Click na imagem para ampliar]

13 maio, 2009

PÚSTULA

( Foto "A Cerca" de nosso bloguer Danilo Maia)

Eu lembro de todas as risadas


Vertidas nas entranhas desta cama.


E até sinto o gosto do teu rosto:


Riso-choro de quem ama.



Lembro dos meus afagos


Em tuas costas nuas:


Nosso escambo profano,


Em úmidas carnes cruas.



Lembro de cada filme venerado,


Cada emoção digna de nossa idade.


Quanto dinheiro gasto,


Nos escuros templos desta cidade?



Escutem – demônios, meu clamor!


Venham idéias racionais!


Como supero a dor,


De vê-la sorrir em outros carnavais?



Estas memórias são navalhas.


E minha mente um esmeril.


Gasto o tempo, como um canalha,


Abortando minha alma pueril.

12 maio, 2009

360º


[...céus, que vontade de gritar...ah! o texto? Só mais um desabafo.]

...

Por que será que por um final em algo é tão difícil, complicado? Chega a ser doloroso, e como dói.
Não falo somente de amores, paixões...refiro-me ao contexto amplo da vida; da dificuldade que se tem em aceitar que um ciclo se fechou!
Um namoro, um filho que está crescendo, um fim de férias, uma vida.
No fundo é como se tratássemos como eterno tudo que nos cerca, projetamos eternidades em coisas, em fatos, em pessoas. Fechamos os olhos e nos privamos da idéia que aquilo um dia vai de alguma forma chegar ao seu ponto final.
E mesmo sabendo que nada dura para sempre, muitos choram, gritam, entram em desespero ao se depararem com o derradeiro suspiro de alguma tal coisa.
Não digo que isso seja anormal, pelo contrário, é da natureza humana! Mas porque dói tanto? Será pelo desejo do eterno, do infinito....ou pelo simples fato de que o passado foi de uma intensidade sentimental única?! Os dois fatores? Mais fatores?
Muitas vezes esqueçemos que alguns ciclos precisam ser fechados para que outros tomem vida, ganhem forma. O difícil é colocar isso na cabeça, especialmente na minha.
Eu sei muito bem que nada é para sempre, que a vida acaba e que sempre existirão novas etapas a se realizavem em minha jornada (talvez até melhores que as atuais). Então porque não aceito caladinha?Porque não fico simplesmente feliz por ter vivido um passado tão legal? E por que chorar quando um ciclo completa sua volta de 360º ?
Será medo da mudança? Medo do novo?
Mudar às vezes é doloroso, na maioria das vezes necessário...O difícil é assimilar, aceitar e compreender isso, mas eu consigo...Eu sei que consigo (assim espero)!

(Hosana Lemos)

06 maio, 2009

SONETO EM DOR MAIOR

(foto "O Cadeado" de nosso Bloguer Danilo Maia)

A dor do amor perdido,
Em instantes sempre recriados,
Alimentam o rancor urdido
Nos segundos nunca apagados

Morremos em cada recorrência
Cada si, cada talvez...
Perdendo nossa consciência
Em esforço de vil embriaguês.

Deixe sua mente livre!
Grito-me em desatino.
Embora, tolo como um tigre,
Caçe, em vão, meu destino.

05 maio, 2009

Amizade

O QUE É AMIZADE?

Um dia alguém me perguntou:
O que é amizade?
Por horas a fio, pensei
E pensei que pensaria pouco tempo
Mas quanto tempo passei
Perdida em meus pensamentos!
E ingênua, imaginei que tal proeza realizaria...
A amizade!
Enfim, alguém definiria.
Contudo, foram apenas ilusões.
De uma mente que achava que algo compreendia...
Pois, quanto mais pensava
Mais os pensamentos pareciam emoções!
E emoções não se definem...
Não se materializam...
E se uma pessoa apenas sentisse emoções,
Todo o resto não acreditaria que pudessem existir...
E assim os meus pensamentos voavam...
E antes que minha razão também voasse,

Respondi:
"Amizade é algo tão abstrato e impossível de esquecer,
que palavras humanas por finitas serem,
nunca poderão seu significado descrever!"

03 maio, 2009

Aos Meus Heróis

                       Julinho Marassi E Gutemberg

Faz muito tempo que eu não escrevo nada,
Acho que foi porque a TV ficou ligada
Me esqueci que devo achar uma saída
E usar palavras pra mudar a sua vida.

Quero fazer uma canção mais delicada,
Sem criticar, sem agredir, sem dar pancada,
Mas não consigo concordar com esse sistema
E quero abrir sua cabeça pro meu tema.

Que fique claro, a juventude não tem culpa.
É o eletronic fundindo a sua cuca.
Eu também gosto de dançar o pancadão,
Mas é saudável te dar outra opção.

Os meus heróis estão calados nessa hora,
Pois já fizeram e escreveram a sua história.
Devagarinho vou achando meu espaço
E não me esqueço das riquezas do passado.

Eu quero "a benção" de Vinícius de Morais,
O Belchior cantando "como nossos pais",
E se eu quiser falar com Gil sobre o Flamengo,
"O que será" que o nosso Chico tá escrevendo.

Aquelas "rosas" já "não falam" de Cartola
E do Cazuza "te pegando na escola".
To com saudades de Jobim com seu piano,
Do Fábio Jr. Com seus "20 e poucos anos".

Se o Renato teve seu "tempo perdido",
O Rei Roberto "outra vez" o mais querido.
A "agonia" do Oswaldo Montenegro
Ao ver que a porta já não tem mais nem segredos.


Ter tido a "sorte" de escutar o Taiguara
E "Madalena" de Ivan Lins, beleza rara.
Ver a "morena tropicana" do Alceu,
Marisa Monte me dizendo "beija eu"
Beija eu, beija eu
deixa que eu seja eu (2x)


O Zé Rodrix em sua "casa no campo"
Levou Geraldo pra cantar num "dia branco".
No "chão de giz" do Zé Ramalho eu escrevi
Eu vi Lulu, Benjor, Tim Maia e Rita Lee.

Pedir ao Beto um novo "sol de primavera",
Ver o Toquinho retocando a "aquarela",
Ouvir o Milton "lá no clube da esquina"
Cantando ao lado da rainha Elis Regina.

Quero "sem lenço e documento" o Caetano
O Djavan mostrando a cor do "oceano".
Vou "caminhando e cantando" com o Vandré
E a outra vida, Gonzaguinha, "o que é?"

Atenção DJ faça a sua parte,
Não copie os outros, seja mais "smart".
Na rádio ou na pista mude a seqüência,
Mexa com as pessoas e com a consciência.

Se você não toca letra inteligente
Fica dominada, limitada a mente.
Faça refletir DJ, não se esqueça,
Mexa o popozão, mas também a cabeça.

Veja o Vídeo

29 abril, 2009

Tão leve...


Posso ser sincera mais uma vez? Estou tão bem...tranquila para ser mais exata!
Carrego a sensação de trabalho bem feito...missão cumprida.
Eu fiz de tudo. E você nunca, simplesmente nunca, terá o direito de clamar palavras que digam o contrário.
Fui até a beira do precipício; me joguei dele.
Me lancei à loucura, abri mão da minha racionalidade.
Fiz o que estava e o que não estava a meu alcance.
Fui criança, adolescente e adulta... transformei-me em mil faces, em cada uma delas o desejo de te agradar.
Esqueci um pouco de mim, admito...te ver feliz era mais importante! Alcançar o teu sorriso era o meu objetivo, meu foco.
Entendi o significado da frase : "ficar cega por alguém"
Mas cá estou eu. De coração lavado, mente livre e consciência limpa...
Eu me entreguei sem medo, te segui em meio a tudo... Lancei-me aos lobos, fui de encontro às lanças afiadas. Eu não hesitei, em nenhum minuto, em nenhum segundo.
E você? O que fizeste mesmo, ou melhor...o que não fizeste? Não me lembro exatamente... Não importa... O que importa é que estou aqui hoje carregando nos lábios esse sorriso largo.
Estou tranquila, talvez satisfeita...Trago a certeza de que fiz a minha parte!
E em cada erro que cometi, eu busquei a redenção. Não me acovardei, em nenhum instante.
Me doei, me cedi, me apaixonei...
E são por esses motivos que hoje eu tenho o prazer de susurrar aos quatro ventos: -Como é doce o gosto da tranquilidade!

(Hosana Lemos)

27 abril, 2009

CHORO I

Quem controla o desamor,
Esta besta adormecida,
Que desperta -
em terror -
Ao ouvir passos de formiga?

Quem atende à razão,
Quando tudo lhe indica,
Que no fracasso da paixão,
Há intenções nada pudicas?

Quem, oh mal! Vê além,
Das camas amassadas?
Do rancor, reféns.
Da dor, escravas.

25 abril, 2009

Deixe que digam...


Ache o que achar, pense o que for. Eu sou assim.
Grito, resmungo, choro, reclamo, implico.
Me aceite como sou, ou recolha-se a sua insignificância. Viva a me julgar pelo meu cabelo bagunçado, ou por minha blusa rasgada!
Insista em definir padrões analisando apenas o fato de eu falar o que penso, e me comportar um pouco diferente das bonequinhas de porcelana que você encontra por aí.
Eu sou o que sou. Chata, às vezes...Orgulhosa, um pouco...Sincera,sempre!
Mas não pense que sou imutável...eu mudo sim, me adapto a situação, as circunstâncias.
Sou uma eterna mutante.
E não se iluda...pois eu mudo por mim, eu faço por mim!
Continue a gritar aos quatro ventos que eu sou anormal, maluca, diferentemente oposta aos padrões.
Me recrimine, me julgue. Tenha nojo de mim, me ache repulsiva.
Sua opnião e nada tem o mesmo peso na minha vida!
E eu sei...no fundo você queria mesmo era ser igual a mim. No fundo da pra notar...A sua vontade é de fazer o que eu faço, ter um pouco da despreocupação que eu levo na mente.
Fugir um pouco dos costumes, ignonar pequenas atitudes fúteis que te cercam, ser indiferente aqueles que não compreendem o fato de você ser apenas você mesma!
Não espero que me entenda, nem aceite os meus motivos...Continue envolto nessa bolha que te impede de enxergar além das aparências.
Ah, já ia esquecendo...Espero que sua mente limitada assimile apenas um fato :
-Eu sou feliz assim! Com todos os meus defeitos idiotas e com todas as minhas opniões estranhas.
Eu apenas vivo como eu acredito, somente!

(Hosana Lemos)
a parte boa da margem é poder ser louco; o sentido do que não há procedências, palavras sem nomes, universos além.. a parte boa de permanecer na margem é poder abraçar a loucura e pegar dela o que ela tem de melhor: a criatividade. e com criatividade viver e com criatividade sobreviver e sorrir no fim de tudo. ou no começo doutro todo e o tudo mais inteiro por ai.

Há um pouco de café na minha chuva de idéias, dizia ele num encontro de universos. ora pois, se estamos numa teia, como nos mover com criatividade sobre ela? consciências sorriram agradadas com o assunto em pauta. houve balanço nos ventos, houve balanço no mar. a cachoeira correu com força, a água tem porque tem que chegar.

então ela cai. e pessoas desabrigam, pessoas amolecem perante os fatos sociais e como me mover com criatividade sobre a teia se estamos, minha amiga, todos nessa mesma teia, onde o que acontece ali, reflete aqui e onde tudo, na verdade, é uma só coisa, transformada sob ações psico sociais nossas de cada dia.

- mas.. hum? eu falava de vida..

e a vida sim, a vida nisso tudo se apresenta como caminho.. e você tem em si, consequente da consciência de Unicidade, o sentimento de responsabilidade perante o universo, então. sentimento de construção, contribuição, e você se olha no espelho e pensa, o que eu posso fazer? talvez você sorria e o reflexo sorria de volta e você.... talvez você não goste tanto do que ele diz. - Aqui, nesse momento, houve silêncio no céu. Um beija-flor pousou.

o vento então soprou aos mundos e as consciências tornaram a sorrir e o beija-flor beijaflorou as flores do jardim. disse ele, o vento, que sim, seu sorriso tem a força de um sol. por favor, sorria! se não tiver muito sentido sorrir para o vento, sorria para as pessoas na rua. o vento se despediu brisa. a tarde seguiu...

teu sorriso gera um sorriso aqui, ali, acolá, em mim, no japão. tua gentileza gera gentileza no muro, na vida, na argentina, no avião. nosso respeito e amizade crescem em forma de natureza e amor. isso em proporções diárias eu digo, nunca desperdiçando a chance de ser natural.

o sol olhava para as pontas dos próprios dedos com jeito de quem não queria acrescentar mais nada e a tarde seguiu...

sabendo disso, fez ele seu sorriso no espelho e olhou profundamente, até que a amizade entre eles, sorriso e sorridente, assumisse proporções visíveis. olha como ele é feliz e como são felizes os que estão por perto (dizem dos anéis de saturno).. ele é uma escola, as nuvens sentidas de dia vencido, dia ganho, dia especial... como todos os outros, como todos os ele's que caminham a si e levam o melhor que encontram para quem quer que.

abraços. - A despedida ficou por conta das borboletas que deram um show de cores em flor.

todos aplaudiram. mas permaneceram sentados: a vida pesou-lhes.
o narrador, ainda, tirando seu chapéu, entrou com a voz suave: no caos reguei a minha paz, eu, que sempre quis morar na árvore.
como sair do teatro? as pessoas se perguntaram todas...

22 abril, 2009

TOP FIVE: MEUS VERSOS MALDITOS!

Um bom verso é aquele que conseguimos plagiar. Um ótimo verso é aquele que tentamos roubar. Mas um maldito verso é aquele que jamais conseguiremos suplantar ou esquecer. Pois em cada uma de suas letras esta impresso tal grandeza simbólica, que nos ajoelhamos (de raiva e torpor) diante de tamanha perversidade. A seguir os meus 5 versos malditos ... quais são os seus?

5º Soneto do Amor Total
Amo-te tanto, meu amor... Não cante / O humano coração com mais verdade.../ Amo-te como amigo e como amante / Numa sempre diversa realidade.

Vinicius levou sua máxima “que seja eterna enquanto dure” às ultimas conseqüências e como resultado casou 9 vezes, viajou muito, bebeu muito (mais) e pariu alguns dos mais belos versos da musica (e literatura) brasileira.

4º O Quereres
Onde queres revólver, sou coqueiro / E onde queres dinheiro, sou paixão /Onde queres descanso, sou desejo /E onde sou só desejo, queres não. /E onde não queres nada, nada falta /E onde voas bem alto, eu sou o chão / E onde pisas o chão, minha alma salta / E ganha liberdade na amplidão...

Tá, eu sei que o Caetano é, provavelmente, o artista mais superestimado do século XX, dono de um pedantismo insuportável e provocador meia boca. Mas convenhamos, nesta canção ele condensa toda a incomunicabilidade das relações amorosas de uma forma sublime e direta, que deixaria Bergman morrendo (!) de inveja.

3º Pedaço de mim
Oh, pedaço de mim /Oh, metade arrancada de mim/Leva o vulto teu/ Que a saudade é o revés de um parto/A saudade é arrumar o quarto/Do filho que já morreu...

Todos os homens gostariam de ser Chico Buarque. Todas as mulheres gostariam que os homens fossem Chico Buarque. Sua obra é quase um receituário psicológico universal: na depressão, ouça Atrás da porta e se mate de vez; na separação invista em Trocando em miúdos e diga adeus; no recomeço da vida vá de Olhos nos olhos e assim por diante....


2º Desencanto
Meu verso é sangue. Volúpia ardente... / Tristeza esparsa... Remorso vão...Dói-me nas veias. Amargo e quente, / Cai, gota a gota, do coração. /E nestes versos de angústia rouca, /Assim dos lábios a vida corre, /Deixando um acre sabor na boca. / - Eu faço versos como quem morre.

“Ontem, hoje, amanhã: a vida inteira, teu nome é para nós, Manuel, bandeira.” È preciso dizer mais?

1º Versos Íntimos
Toma um fósforo. Acende teu cigarro! / O beijo, amigo, é a véspera do escarro, A mão que afaga é a mesma que apedreja. / Se a alguém causa inda pena a tua chaga, /Apedreja essa mão vil que te afaga, / Escarra nessa boca que te beija!

Augusto é o melhor antídoto para todo raio de frescura humana: delírios de grandeza, chororô de desamores, depressão vã, nada resiste a seus versos malignos. Dos anjos? Só se for dos caídos...

19 abril, 2009

Projeções

Em milhares de rostos que perambulam ao meu redor, eu só consigo ver o teu...
Como se teu rosto teimasse em me perseguir nas ruas, projetando-se em pessoas comuns...
Você está lá; sentando em uma praça; tomando um café na esquina; lendo as notícias do jornal.
E eu ainda te vejo em tudo.
Vou desejando que em toda aquela multidão eu esbarre com o teu sorriso, suplicando que em alguns daqueles rostos em que projeto tua imagem, seja você realmente, ao vivo e em cores.
E de alguma maneira eu sinto tua presença perto de mim...seja naquele cara atravessando a avenida, seja em alguém admirando o céu.
Você ainda está lá! Ainda está em tudo que eu vivo...
Perfumes, filmes, músicas...em cada pedacinho de coisa, um pedacinho de você.
E eu vou continuando, idealizando teus olhos azuis em todas as faces que passam por mim, desejando que em algum momento qualquer o meu rosto possa de fato encontrar o teu.

(Hosana Lemos)

16 abril, 2009

PER CÊ, VEJO?

Das alturas, (entre nuvens?)
Persiste uma mulher.
Só sei seu nome.
Não sei quem é.

Se grita ou encanta, não sei.
Nem mesmo a vejo!
Só sei das impressões da tela
(pouco a percebo...)

Nem mesmo sei se existe,
Além de certo desejo,
Será que dorme ao som de percevejos?

Há vida além do synergia?
Se não, seus textos, quem cria?

Sei seu nome, nada além.
Mas o que é um nome, porém,
Comparado com quem manda?
U
m nome eu sei: Hosana.

14 abril, 2009

E se...



O que machuca são todas as possibilidades que não tiveram a oportunidades de criarem vida. O que doeu mais não foi a dor da despedida, nem as lágrimas do final...foi aquela agústia de ver todos os seus planos aos poucos te deixando, dando um adeus tristonho.
Um universo de estradas, caminhos, opções... toda uma história encerrada.
E o planos? Pra onde eles foram? Guardados ficaram, como as velhas cartas e as fotos desbotadas...
E os olhos que brilhavam de entusiasmo ao projetar situações? Perderam o brilho, ficaram opacos, aos poucos perderam a esperança por não mais vistarem aquilo que mais os alegravam...
A saudade daquilo que nem ao menos cheguei a viver, isso sim me machuca, me corroe por dentro.
Sonhos sem desfechos, desejos sem realizações...
Todos à espera de uma ponta de esperança, de algo que faça com que voltem a fluir soltos... como assim é para ser com qualquer sonho, com qualquer desejo íntimo...

(Hosana Lemos)

ELA


A tristeza não alimenta a poesia,
Só retira a vista qualificada,
Propondo viagens e visitas,
Às memórias antes evitadas.

Ela não tem charme ou estima,
Só recria dores cinzentadas,
Tudo destrói e arruína,
Impondo-nos vidas amassadas.

São tantas noites mal-dormidas!
Tanto choro, tanto arquejo...
Que largamos a luta combalida,
Enterrando, enfim, nosso desejo.

E até a arte nos destesta,
Quando a morte, seca, vejo.
Aí, nada mais nos resta,
Apenas seu doce frio beijo.

12 abril, 2009

DIA QUENTE

Dia quente! Na verdade, insuportavelmente quente! O escritório estava um verdadeiro caos, com pessoas andando de lá pra cá, com muito barulho e muito calor. Rafael que costumeiramente nunca se queixa de nada, estava impaciente, e só pensava em terminar seu serviço e ir embora para casa. Porém, antes, Rafael planejava fazer algo.

Rafael tem trinta anos e trabalha no escritório há dez anos, é um dos melhores funcionários, e há dez anos ele executa o serviço de Encarregado Administrativo, mas há dois, fora “promovido” de Auxiliar Administrativo para Assistente Administrativo, ou seja, é mais um funcionário que trabalha muito e ganha pouco. Como muitos, um escravo.

Porém, hoje está decidido a mudar o curso da sua vida no escritório. Disse para si mesmo que irá exigir algumas mudanças com relação à sua função e salário, e caso lhes neguem isso, pedirá demissão na mesma hora. “Já decidi”, diz ele o tempo todo.

Seu chefe vem andando pelo corredor. “É agora” – pensou Rafael – “hoje ele não me escapa”.

Rafael levanta-se.

- B-b-boa t-tarde, Sr. Macedo!

O senhor Macedo continuou seu caminho, sem parar, olhar, ou sequer responder. “Ele não percebeu que falei com ele, deve ser por causa desse calor, ‘tá tirando a concentração de todo mundo!”, sentenciou.


Rafael senta-se e volta a fazer o seu trabalho que, há dez anos, faz tão bem quanto poucos.


“Já decidi. Amanhã ele não me escapa”.

Lancinante

De novo aqui, caro cupido?
Teus voôs rasos e olhar sagaz
Ao observar as pessoas sobre o cais.
Gente fria de andar ríspido.

Observa a todos esses seres,
Invejo a liberdade deles
E por isso os odeia a esmo,
Com ódio inspirado nos mesmos.

Sofrimento em todo o lugar.
Sentimento que turva a alma.
Cheiro fétido que polui o ar.

Análise finda, parte à ação.
Como não pode curar feridas,
As inflama, com flechas de paixão.

10 abril, 2009

Fragmentos.


Acabou. Quebrou-se como porcelana jogada ao chão. Quem diria que aquele encanto mágico ia chegar ao seu último suspiro. Até parecia que eles tinham sido feitos um para o outro.
Morreu, de forma súbita...um pequeno erro no cálculo e tudo veio por água abaixo.
Dispersou-se, como uma pequena quantidade de areia jogada ao nada. Acabou.
Ela dara para ele seu bem mais precioso e ao mesmo tempo o mais frágil, ela dera o seu coração de cristal. Ele o tomou para si, prometendo então cuidar como se estivesse cuidando da própria vida.
Ela por um descuido, e palavras mal colocadas em um momento inoportuno, despertou a ira do amado... ele por vingança e com ódio nos olhos tomou o pobre coração de cristal nas mãos, olhou-o uma última vez e friamente deixou-o cair.
Mil pedaços, assim ele ficou. Mil cacos, assim ele o deixara. Sem dor e nem piedade saiu de cena, e como se não bastasse pisou em cima de todos os fragmentos para ter a plena certeza de que fizera o trabalho completo.
Houve um silêncio...uma pausa...
Ela por sua vez ainda estava em choque, procurando de alguma forma se agarrar a uma ilusão que a mostrasse que aquilo não era real. Pobre coitada.
Ajoelhou-se, e fitou os olhos marejados naqueles cacos de cristais brilhantes...cacos do seu até então coração. Mil pedaços, seu coração resumia-se aquilo.
Segurou o choro, e lentamente levantou-se com dificuldade, carregava consigo toda uma dor de um amor mal resolvido.
Aos poucos ela foi juntando um por um dos pedaços, um a um foi colando... emendou um pouco aqui, ajeitou um pouco alí. Depois de muito sacrifício, paciência e principalmente persistência ela terminou de colar todos os cacos...
Quando finalmente sorriu ao ver o resultado de seu tão grande esforço, notou algo...seu coração já não era igual ao que era antes. Ela o aproximou para perto de seus olhos e notou falhas em cada juntura dos cacos, notara marcas...como uma espécie de cicatriz que não vai embora nunca.
Sim, ele tinha inúmeras cicatrizes, mas isso não impediu que o sorriso brotasse novamente dos lábios daquela moça.
Ela aos poucos voltava a ser feliz...aos poucos o brilho de seu coração ia ressurgindo...
E mesmo depois de tudo, ela ainda sonha em entregar seu pedaço de cristal para aquele amor que ela sonha que seja eterno.

(Hosana Lemos)

09 abril, 2009

Liquidado com seu ser

A loucura do meu ser,
Uma das minhas fontes de saber
É liquidada pelo seu ser

Elimina minha loucura racional
E abre espaço para um ser amedrontado, assustado

Tímido por ter aparecido outro ser
Alguém mais controverso do que eu

Agora reparo que minha loucura é passado,
O presente e o futuro, desta vez não sei o que espero

O jeito agora é se reeducar, me reinventar

RECONHECIMENTO



Eu choro por nós,
Não por ter sido vítima,
e sim teu algoz.

Eu lamento por nossos prantos,
Não por que fomos santos,
Mas apenas por terem sido tantos.

Ah, como é fria a luz do desamor!
Uma estrada sem setas.
De uma lado: rancor
Do outro, metas.