Eu lembro de todas as risadas
Vertidas nas entranhas desta cama.
E até sinto o gosto do teu rosto:
Riso-choro de quem ama.
Lembro dos meus afagos
Em tuas costas nuas:
Nosso escambo profano,
Em úmidas carnes cruas.
Lembro de cada filme venerado,
Cada emoção digna de nossa idade.
Quanto dinheiro gasto,
Nos escuros templos desta cidade?
Escutem – demônios, meu clamor!
Venham idéias racionais!
Como supero a dor,
De vê-la sorrir em outros carnavais?
Estas memórias são navalhas.
E minha mente um esmeril.
Gasto o tempo, como um canalha,
Abortando minha alma pueril.
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