Gente estranha, música alta, mulheres possíveis e impossíveis, alguns amigos e muitos desconhecidos. Muita gente, pouco espaço.
Tudo parecia normal rotineiro, eis que no canto qualquer, surge uma deusa: altura exata, pernas torneadas, seios do diâmetro da minha mão, pele branca igual ao meu espanto, cabelos negros como a minha alma.
Ela dançava freneticamente, como se a vida fosse o único palco e a dança um conexão com Deus, que orgulhoso assistia sua criação.
A Deusa parece dominar aquele espaço, pouco mais de um metro e meio de uma circunferência perfeita, talhada por algum artista cósmico, quem em seus sulcos, jogou sal, pois impedia que vampiros sedentos, sequer sentissem o seu cheiro.
Os seres que a cercavam começaram a desaparecer um a um, como uma medusa ao avesso todos viraram estátuas de espelho, não existiam mais pessoas ou objetos só ela e o tempo, que rendido parou.
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