19 dezembro, 2012
NO LUGAR CERTO
27 novembro, 2012
POBRE POETA
E o que dizia era poesia
Sendo poesia,
30 outubro, 2012
CONFLITO
http://www.youtube.com/watch?v=YGRO05WcNDk
01 outubro, 2012
VINTE ANOS DEPOIS...
Quatro amigos - inseparáveis, à época - estavam, durante todo o encontro, inseparáveis, conversando sobre tudo!
- Bem, depois da formatura… Trabalhei numa exportadora, casei, separei, casei, fui promovido, separei, fui demitido, fui contratado numa multi, casei e fui promovido.
Todos soltaram um "humm…" como se tivesse sido ensaiado.
- Eu… Entrei pra uma multi, viajei, viajei, viajei, casei, viajei, viajei e voltei pra presidir a multi aqui.
- Hmm… Abri minha empresa, casei, separei, casei, separei, casei, separei, casei, separei, casei com a terceira de novo e separei… Quase falido só de pagar pensão.
Todos riram.
- Depois da formatura… Continuei morando com meu pais. Moro até hoje. Sou sustentado por eles.
Silêncio.
- Vida louca, hein?! - um deles comenta.
- Ô! Agitada… - reponde ele.
Uma Aliança Frágil
mesmo não havendo a capitalização deste recursos.
Atualiza sua agenda e vê que esqueceu o aniversário
de duas amigas, risca a tarefa como se fosse concluída
e remarca para o próximo ano.
Após as tarefas matutinas realizadas,
Resolve ligar para o seu amigo, após piadas internas
- Cara, só recebi ligações do meu pai e sua.
Reflete consigo: "Cara, andas mal de amigo"
Outro telefone toca e ele acelera a conversa,
enfim está acordado.
28 setembro, 2012
SONETO DO AMOR CABAL
Me recebe com ar de candura
Seu sexo me deixa extasiado
Sem cerimônia, ela cobra seu valor
16 julho, 2012
04 julho, 2012
UM NOME PRA CHAMAR DE MEU
21 junho, 2012
NÃO SERIA MAIS FÁCIL?
16 junho, 2012
SONHAR, SONHAR...
30 maio, 2012
AMOR DEMAIS
09 maio, 2012
AH, O AMOR!
Estendeu a mão para ela e disse:
- Vem comigo, vai dar tudo certo!
Ela foi.
Não durou três meses.
18 abril, 2012
DESABAFO DE UM TÍMIDO*
Sempre fui um tímido. Nunca consegui evitar isso.
Mas naquele dia... Não sei bem o que me aconteceu! Senti-me corajoso. E quase sem conseguir ordenar as palavras disse à Dorinha – o grande amor da minha vida desde os meus seis anos – o quanto gostava dela. Que a amava! Na verdade, desde sempre!
Ela ficou mascarada. Encheu-se de si à medida qu’eu mais e mais a exaltava.
Com o tempo, aproximei-me cada vez mais e fazia visitas regulares à sua casa... O golpe é que, como sempre fui uma boa pessoa, o pai dela e todos na casa, gostavam muito de mim. Até consegui permissão para levá-la ao cinema! E foi aí que começou a minha desgraça... Ao sairmos do cinema, topamos com um casal. Depois disso, quase que como efeito de prestidigitação, Dorinha foi ficando murcha e, por fim, quando chegamos a sua casa, confessou que amava o sujeito lá. Casado! Vê! Falou que, sendo ou não casado, era dele que gostava e que não queria me namorar. Então, disse-me “adeus”! E apesar da dor, compreendi e fui atrás de viver minha vida.
Dela, soube dia desses que Seu Osmany [um vizinho] a viu de braços dados e assim, assim com o Fulano.
Enfim. Minha vida seguia normalmente até que, há pouco, o pai da Dorinha chegou e, aos gritos de “engravidaste minha filha, patife”, deu-me um tiro na cabeça. Morri.
*Texto inspirado em texto – sem título – de Nelson Rodrigues do Livro “Pouco Amor, Não É Amor”.
12 abril, 2012
TEMPO...
09 março, 2012
EU TE A... #gasp-gasp#
- Prometi a mim mesmo que não digo mais “eu te amo!” pra mulher nenhuma.
- Mas... e se aparecer a mulher da sua vida?
- Ela vai ter que conviver com isso. Ou melhor, sem isso.
- E se aparecer aquela vontade incontrolável de falar isso pra ela?
- Seguro na boca, engasgo, e engulo.
- Não acha que isso é um pouco cruel?
- Ela se acostuma.
- ‘Tou falando qu’é cruel com você mesmo.
- Nada. Eu me acostumo.
03 março, 2012
VIDA DE CINEMA
CENA UM:
Bar lotado. Ele se aproxima d’Ela e oferece-lhe uma bebida. Ela aceita. Os dois bebem e riem bastante.
CENA DOIS:
Ele está sobre ela. O lençol cobre seus corpos. Transam devagar. Ao fundo, vemos através da janela a chuva cair.
CENA TRÊS:
Ele e Ela, diante do padre, dizem “Sim, eu aceito!”.
CENA QUATRO:
Ele e Ela, diante do juiz, dizem “Sim, eu quero me separar!”.
20 fevereiro, 2012
O QUE DIZER?
Junto com o gozo, veio – meio desgovernado – um “Eu te amo!”. Até ele se surpreendeu por falar isso!
Silêncio.
Depois, ela começou a mover os lábios. Ainda não sabia ao certo o que ia responder.
Um barulho na fechadura. Passos. Os pais dela chegando.
Rápido tiveram que se vestir e fazer parecer que nada faziam.
Ela nunca se sentiu tão feliz por seus pais aparecerem!
07 fevereiro, 2012
O ENDEREÇO DOS SONHOS
Finalmente o avião aterrissa! Foi uma viagem longa e cansativa.
No aeroporto pego um táxi.
Encosto a cabeça no apoio do banco, digo o endereço ao taxista e perco-me em meus pensamentos... Penso nela, em nossos dias felizes – e nos tristes também –, em todas as promessas que fizemos um ao outro. Em tudo o que a gente poderia ter sido, mas não deu. Ela não quis ou eu não quis.
Olho pela janela do carro e aquilo tudo me parece tão longe da realidade. Da minha realidade.
Vejo pedestres, vendedores ambulantes, bichos, todos disputando um pedaço da calçada. Uma eterna briga por seu território.
Pergunto-me se eles são felizes...
E eu, sou feliz?
Sou tirado dos meus pensamentos quando o carro para. Então, percebo que estou em frente a casa dela. Dei o endereço errado ao taxista. Ele está olhando pra mim, diz quanto custou a corrida e estende a mão para receber o dinheiro.
Digo que me enganei. Que aquele não é meu endereço – nunca foi meu endereço! Talvez, em meus sonhos – e desta vez falo o correto.
Ele dá partida e o carro sai. Penso em olhar para trás, mas me contenho. Porém, antes do carro entrar na rua seguinte, olho para trás.
Nunca deixei de olhar para trás.
16 janeiro, 2012
Escudo e suas rachaduras
17:00. O dia não podia ter sido pior para ele. Várias reuniões. Muitas ligações. Fast Food e trânsito lento.
Olha para o painel do carro, calcula a rota no celular e percebe que o escritório já não é mais uma opção. Duas ligações são feitas e o expediente encerra naquele minuto.
Sentiu-se um pouco aliviado e talvez por isso percebeu que estava próximo da praia. Resolve estacionar, mas displicente, quase atropela um mendigo. Relutante, olha para todos os lados e resolve descer. Leva consigo, apenas o que importa: Carteira, celular e o tédio.
Avista ao longe um lugar, que está ligada por uma pequena estrada de tijolos... vermelhos e sujos.
Caminha lentamente, mantendo a cabeça se altiva mesmo seu ânimo estando em cacos, percebe que se aproxima do lugar que já foi um marco de esperança.
Aperta o passo e desvia uma parte do caminho pois ao seu encontro uma senhora iria lhe oferecer uma flor e Deus é prova quanto ele não suporta aquelas pessoas.
A estrada finda e ele se deixa levar pelo o ambiente. Ousa sentar no mesmo lugar e fecha os olhos. A sua mente viaja por doze longos anos.
17:37. A brisa fazia os cabelos dela tocarem o seu rosto. Ao fundo um violão emitia um som pop de um banda que o agradava. Os olhos dela miravam um horizonte rajado de vermelho e os últimos raios de sol realçavam a pele morena e no seu olho esquerdo ele via o sol desistindo de mais um dia. Fascinado, admirava aquela mulher, tal qual um artista admira a obra-prima de um colega e rendido ele pede um beijo, algumas palavras foram ditas e ela reluta de forma tímida, esperando uma decisão dele, que veio logo em seguida. Naquele momento, ele sentiu que o universo tinha apenas dois metros e que o oxigênio não era mais essencial. A vida tinha ganhado sentido pela primeira vez...
17:30. Ele abre os olhos. Percebe que a brisa quase estoura os seus ouvidos. Alguns adolescentes entoam um música pop que ele odeia. O céu vermelho parece sangrar e os últimos raios solares o fazem lembrar que o engarrafamento de logo mais, fará com que ele fique preso no trânsito por uma hora
Levanta-se e constata que a sua armadura, forjada com as frustrações, rotina e objetividade ainda tinha suas frestas. Dá as costas para o sol poente e por um instante tem o impulso de olhar para trás, mas ele sabe que verdadeiro sol na verdade já se escondeu há doze anos e depois, cada dia foi apenas uma imitação de mal gosto.
14 janeiro, 2012
Escolha e Morte
Neste sábado ensolarado, um livro emprestado por um amigo foi meu companheiro.
A estética do livro é de uma beleza única, pois são quadrinhos de gente grande, criado por gente que não desaprendeu a sonhar.
O texto é simples, porém ataca os nossos sentimentos mais enraizados, diria que ele procura atingir os nossos instintos: sexo, felicidade, paixão e morte são correntes em todo o texto. A narrativa flui despretensiosa e mesmo parecendo anárquica faz todo o sentido depois que você termina a última página.
O tema central é a escolha que fazemos cotidianamente. Como essas escolhas podem influenciar o nosso futuro? Como é perigoso tentar antever as consequências.
Os personagens são todos secundários pois a sensação latente é que o protagonista é você, pois em cada situação, você pergunta para si mesmo. Será que fiz a escolha certa?
Não espere desses dois, o humor negro da moda ou mesmo o sarcasmo vil, desprenda as suas amarras e aceite o convite para ser um turista de sua própria vida!
http://web.hotsitepanini.com.br/vertigo/series/daytripper/
http://10paezinhos.blog.uol.com.br/tiras/
04 janeiro, 2012
Quero te pegar histérica
Ela – Meus Deus, esse ônibus que não chega.
Ele – Mas não faz nem trinta segundos que você chegou.
Ela – Eu sei, mas me disseram que ontem teve arrastão nesse ponto...
Ele – Não se preocupa, eu te protejo!
Ela – Meu Deus, esses assaltantes que não chegam.
Obs. Uma singela homenagem a um dos blogs que eu mais curto e recomendo http://querotepegarsobrio.wordpress.com/