Sentado na praia. O que pensar?
Tanta coisa passa pela minha cabeça. A vida, amizades feitas, risos dados, acalmar um coração precipitado, tempo a ser aproveitado.
Lugar pra pensar, prosar, compartilhar alegria!
Oh Cheiro da praia! Intrascrível!
Sensação de poder alcançar o infinito, a linha do horizonte faz-me pensar isso!
Onde certo e errado não tem vez. Dão lugar ao aqui e o agora!
Olhar no horizonte. Lugar onde céu e terra se encontram.
Sinto a volta dos primórdios de meus sentimentos e pensamentos. Acho as definições simples e reais do amor, da paz, da alegria...
A beleza do mundo entende-se nas palavras que escrevo na areia. Simples verdades que somem com a brisa e a marisia da praia, que nunca são ditas.
Faça chuva ou sol a praia não se define, mas teimosos como somos tentamos definir.
Paz
Retidão
Amor
Inspiração
Anseio de quando vou poder voltar
27 fevereiro, 2009
26 fevereiro, 2009
AXIOMA
Eu digo adeus. Adeus às confidências repartidas em quartos escuros de motéis, às juras tediosas de eternidade, às alegrias incontáveis de poucos instantes. Digo adeus, e ela também, às brigas intermináveis de domingo, às risadas intermináveis de domingo, às manhãs intermináveis de domingo. Digo adeus. Adeus aos beijos navalhantes do desejo, às indiferenças apregoadas de intenções, à intimidade úmida dos lençóis. Eu digo adeus aos choros combalidos na madrugada, às toques doces de reânimo, à língua lasciva ao pé-de-ouvido. Eu digo adeus às mentiras disfarçadas em sorrisos, à sorrisos deturpados pela culpa, à culpa desgastada impunemente. Eu digo adeus às possibilidades abortadas, aos interesses calculados, às desculpas robotizadas. Digo adeus, e sei que todos em algum momento também, à deliciosa espera do reencontro, à dilacerante espera do reencontro, à indiferente espera do reencontro. Digo adeus aos telefonemas saudosos e burocráticos ao longo do dia, aos corpos molhados em silhueta nos umbrais, à customização da confiança no amor. Dizemos adeus, eu e ela, à obrigação do agrado sistemático, à santificação da mentira sufocante, ao afogamento metálico do cotidiano. Nós dizemos adeus à recompensa banal do casamento, à incalculável riqueza de se ter um ombro amigo, a indisfarçável e nojenta segurança da rotina. E saudamos, a (sempre) incerta rua do adiante.
17 fevereiro, 2009
Berenice
De que matéria são feitas as mulheres?
Do pó brilhante das estrelas
Ou do vapor calcinante do Deus Sol
Como será possível nos encantar
a luz da noite, inebriar nossos sentidos
a luz do dia e nos trazer a crua e monótona
realidade, na madrugada seguinte
Não... não adianta buscar respostas,
Pois não existem manuais,
apenas a fria impressão que um
dia elas serão decifradas por algum ser
superior aos homens.
Enquanto não as entendemos
sejamos bobos, busquemos a dor
lancinante das queimaduras de terceiro grau
junto com o ofuscamento da poeira estelar
Sejamos engolidos pelas supernovas
Sejamos caçadores da beleza feminina
Do pó brilhante das estrelas
Ou do vapor calcinante do Deus Sol
Como será possível nos encantar
a luz da noite, inebriar nossos sentidos
a luz do dia e nos trazer a crua e monótona
realidade, na madrugada seguinte
Não... não adianta buscar respostas,
Pois não existem manuais,
apenas a fria impressão que um
dia elas serão decifradas por algum ser
superior aos homens.
Enquanto não as entendemos
sejamos bobos, busquemos a dor
lancinante das queimaduras de terceiro grau
junto com o ofuscamento da poeira estelar
Sejamos engolidos pelas supernovas
Sejamos caçadores da beleza feminina
TOP FIVE: ADAPTAÇÕES DE QUADRINHOS
Adaptações são uma necessidade dos estúdios: em tempos de crise do capital, quem possuir uma franquia com público garantindo, tem o retorno do seu investimento assegurado. Acontece que o público não está mais tão idiota, e os produtores perceberam que precisam de uma força criativa capitaneando seus projetos, e muitas vezes os escolhidos são diretores-fãs como Sam Raimi.
E com Wolverine e Watchmen em breve salvando nossos finais-de-semana, apresento as 05 produções que ajudaram a criar e a estabelecer este novo gênero:
05. SUPERMAN, O FILME
Orçamento classe A? Tem. Diretor jovem, talentoso e hypado? Sim. Ator-xerox do personagem principal? Pode apostar! Roteiro enxuto, com ação e fidelidade? Yeah. Atores coadjuvantes respeitados? Claro! Pronto: A receita infalível de uma pérola pop. É claro que nem tudo foram flores na viagem do homem-de-aço nas telonas (o "homem sol" do IV e a nova Lois Lane com bulimia que o diga!), mas foi o sucesso acachapante deste filme que fez a indústria perceber a mina de ouro que tinha nas mãos. Não se enganem: se hoje temos milionários construindo trajes especiais ou nerds adolescentes pulando prédios devemos a Richard Donner e a Reeves, Cristhopher Reeves.
04. O CORVO
Infelizmente este filme é sempre lembrado como o último trabalho de Brando Lee. Esquecem, porém, do impacto que ele causou no meio dos anos 90. Mace Indu, ou melhor, Samuel L Jackson, fã de quadrinhos confesso e assíduo frequentador da Comic Con de San Diego,sempre o aponta como o marco zero da nova geração de adaptações. O filme é muito mais que uma simples história de vingança, é a própria atmosfera negra do nosso caos urbano capturado com energia, estilo e dor. É muito fiel às origens do personagem, mas consegue superar o original ao compor um canto de sofrimento que até hoje não encontrou similar. E, de quebra, permitiu ao direto Alex Proyas filmar Cidades das Sombras (outra obra Cult, plagiada descaradamente por certos irmãos W).
03. BLADE, O CAÇADOR DE VAMPIROS
Ok, o filme não é lá muita coisa, só uma produção modesta de um personagem obscuro (sem trocadilhos racistas) da Marvel, mas merece estar nesta lista por dois motivos. Primeiro: o fracasso de Batmam e Robin quase fez a indústria desistir de adaptar qualquer coisa. Foi o sucesso inesperado do caçador de sanguessugas,e de dois agentes de preto, que trouxe novo ânimo ao gênero e viabilizou filmes como X-men e Homen-aranha, produções que ha décadas estavam na zona fantasma dos estúdios. Segundo: gerou uma continuação superior (mas nem tanto) que ajudou Del Toro a se estabelecer no terreno de Hollywood (e a nos garantir doces como Labirinto do Fauno e, claro, o aguardado The Hobbit).
02. SIN CITY
O que Robert Rodriguez não tem como talento, sobra em camaradagem. Seus amigos do peito topam qualquer parada, e por si só já valem o ingresso. Mas ele foi além e conseguiu convencer Frank Miller (afastado do cinema desde que Robocop II enferrujou suas pretensões) a adaptar sua obra-prima com a estética, ação e violência típica do autor de Elektra Vive. O que queremos mais? Há quem argumente, porém, que o filme é, na verdade, uma Transposição, levada ao pé da tinta, do material original e não a Adaptação de uma HQ à linguagem do cinema. Semânticas à parte, o filme inaugurou uma nova percepção sobre o termo fidelidade, elevando à estratosfera a pretensão iniciada em Dick Tracy e Batman, o Retorno. E, de troco, nos presenteou com uma tecnologia revolucionária (aplicada depois, com mais impacto, em 300 e The Spirit).
01. O CAVALEIRO DAS TREVAS.
Falar da 2ª maior bilheteria da história em um espaço tão pequeno é quase um crime. O filme é tão rico que prefiro deixar isso para outro momento. O importante aqui é reconhecer que estamos presenciando uma nova revolução. Não apenas tecnológica - apesar do Imax ser apontado por várias publicações de calibre, como o futuro da fotografia no cinema. Não, a mudança mais importante aqui, é dramática. Até agora, as adaptações se estabeleceram como gênero, garantiram o caviar de executivos e as pipocas dos nerds, mas ainda não haviam gerado seu Cidadão Kane, seu Poderoso Chefão – Um filme capaz de quebrar barreiras, alargar horizontes e galgar respeitabilidade diante de qualquer outro exemplar "sério" da sétima arte. Coube a Cris Nolan, um cineasta admirável, realizar esta façanha. Em Batman Begins ele já tinha surpreendido, ao criar um conto sinistro sobre o medo na sociedade e sua manipulação no coração dos homens. Mas em The Dark Knight, ele superou todos os clichês de um "filme de herói" – do título não comercial às interpretações viscerais, dos efeitos especiais às campanhas de divulgação, das cenas de ação ao cuidado na lapidação dos personagens. E como resultado, fomos presenteados com o mais perturbador debate sobre a maldade humana. Uma obra-prima.
E com Wolverine e Watchmen em breve salvando nossos finais-de-semana, apresento as 05 produções que ajudaram a criar e a estabelecer este novo gênero:
05. SUPERMAN, O FILME
Orçamento classe A? Tem. Diretor jovem, talentoso e hypado? Sim. Ator-xerox do personagem principal? Pode apostar! Roteiro enxuto, com ação e fidelidade? Yeah. Atores coadjuvantes respeitados? Claro! Pronto: A receita infalível de uma pérola pop. É claro que nem tudo foram flores na viagem do homem-de-aço nas telonas (o "homem sol" do IV e a nova Lois Lane com bulimia que o diga!), mas foi o sucesso acachapante deste filme que fez a indústria perceber a mina de ouro que tinha nas mãos. Não se enganem: se hoje temos milionários construindo trajes especiais ou nerds adolescentes pulando prédios devemos a Richard Donner e a Reeves, Cristhopher Reeves.
04. O CORVO
Infelizmente este filme é sempre lembrado como o último trabalho de Brando Lee. Esquecem, porém, do impacto que ele causou no meio dos anos 90. Mace Indu, ou melhor, Samuel L Jackson, fã de quadrinhos confesso e assíduo frequentador da Comic Con de San Diego,sempre o aponta como o marco zero da nova geração de adaptações. O filme é muito mais que uma simples história de vingança, é a própria atmosfera negra do nosso caos urbano capturado com energia, estilo e dor. É muito fiel às origens do personagem, mas consegue superar o original ao compor um canto de sofrimento que até hoje não encontrou similar. E, de quebra, permitiu ao direto Alex Proyas filmar Cidades das Sombras (outra obra Cult, plagiada descaradamente por certos irmãos W).
03. BLADE, O CAÇADOR DE VAMPIROS
Ok, o filme não é lá muita coisa, só uma produção modesta de um personagem obscuro (sem trocadilhos racistas) da Marvel, mas merece estar nesta lista por dois motivos. Primeiro: o fracasso de Batmam e Robin quase fez a indústria desistir de adaptar qualquer coisa. Foi o sucesso inesperado do caçador de sanguessugas,e de dois agentes de preto, que trouxe novo ânimo ao gênero e viabilizou filmes como X-men e Homen-aranha, produções que ha décadas estavam na zona fantasma dos estúdios. Segundo: gerou uma continuação superior (mas nem tanto) que ajudou Del Toro a se estabelecer no terreno de Hollywood (e a nos garantir doces como Labirinto do Fauno e, claro, o aguardado The Hobbit).
02. SIN CITY
O que Robert Rodriguez não tem como talento, sobra em camaradagem. Seus amigos do peito topam qualquer parada, e por si só já valem o ingresso. Mas ele foi além e conseguiu convencer Frank Miller (afastado do cinema desde que Robocop II enferrujou suas pretensões) a adaptar sua obra-prima com a estética, ação e violência típica do autor de Elektra Vive. O que queremos mais? Há quem argumente, porém, que o filme é, na verdade, uma Transposição, levada ao pé da tinta, do material original e não a Adaptação de uma HQ à linguagem do cinema. Semânticas à parte, o filme inaugurou uma nova percepção sobre o termo fidelidade, elevando à estratosfera a pretensão iniciada em Dick Tracy e Batman, o Retorno. E, de troco, nos presenteou com uma tecnologia revolucionária (aplicada depois, com mais impacto, em 300 e The Spirit).
01. O CAVALEIRO DAS TREVAS.
Falar da 2ª maior bilheteria da história em um espaço tão pequeno é quase um crime. O filme é tão rico que prefiro deixar isso para outro momento. O importante aqui é reconhecer que estamos presenciando uma nova revolução. Não apenas tecnológica - apesar do Imax ser apontado por várias publicações de calibre, como o futuro da fotografia no cinema. Não, a mudança mais importante aqui, é dramática. Até agora, as adaptações se estabeleceram como gênero, garantiram o caviar de executivos e as pipocas dos nerds, mas ainda não haviam gerado seu Cidadão Kane, seu Poderoso Chefão – Um filme capaz de quebrar barreiras, alargar horizontes e galgar respeitabilidade diante de qualquer outro exemplar "sério" da sétima arte. Coube a Cris Nolan, um cineasta admirável, realizar esta façanha. Em Batman Begins ele já tinha surpreendido, ao criar um conto sinistro sobre o medo na sociedade e sua manipulação no coração dos homens. Mas em The Dark Knight, ele superou todos os clichês de um "filme de herói" – do título não comercial às interpretações viscerais, dos efeitos especiais às campanhas de divulgação, das cenas de ação ao cuidado na lapidação dos personagens. E como resultado, fomos presenteados com o mais perturbador debate sobre a maldade humana. Uma obra-prima.
O SEXTO DIA E A IDENTIDADE PESSOAL
A Globo exibiu, no último “Domingo Maior”, O Sexto Dia, tentativa pífia de se fazer um filme de ação que preste. Arnold interpreta (!) um piloto de helicóptero que acaba sendo clonado por engano e resolve lutar por sua vida e o bla, blá, blá de sempre. Como cinema, o filme é apenas trash (no mal sentido), mas como Ficção Cientifica, ele até permite um debate interessante: Qual é a verdadeira natureza de identidade? A Filosofia define identidade pessoal como “as condições sob as quais uma pessoa em um momento é a mesma pessoa em outro momento...”
O que faz você ser você e não outro? Sua constituição génetica? Sua aparência? Suas memórias?
Bem, tudo que existe em você: pele, sangue, genes e até a molecula de seu DNA é formada por elementos quimicos. Pelos mesmos elementos químicos que estavam aqui no dia da criação. Não há perda de matéria lembra? Portanto, os átomos que te formam já estavam, estão e estarão aqui. Dizer que você é as moléculas que te formam é afirmar que, basicamente, todos somos um corpo só, e, francamente, isto só era bem aceito nos anos 70.
Você também não pode ser apenas o que aparenta. Por quê? Imagine, por exemplo, o Presidente Lula e FHC. São duas pessoas diferentes sem dúvida, e não por causa da política econômica de seus governos. Pensamenos então em todas as óbvias diferenças físicas entre os dois: a barba, os noves dedos, o fato de um ainda ter esposa. Imagine agora que, por sorte, o avião do atual presidente caiu, Lula e FHC sofrem um acidente 06 vezes pior que o de Leornado de Caprio em O Aviador. Imagine que eles ficaram completamente desfigurados, perderam as pernas, os braços, os estomagos. Estão fisicamente idênticos, (apenas duas massas pretas jogadas em macas de hospital) sobrevivendo apenas por ajuda de santos e aparelhos. Eles deixaram de ser duas pessoas diferentes? É claro que não. Continuam feios, é verdade, mas ainda são duas pessoas diferentes.
Então, você é suas memórias? Bem, consideremos aqui memórias não apenas como sinônimo de lembranças, mas como sendo todo o conjunto de pensamentos, desejos, recordações que existem no nossa mente, ou seja nossa consciência. Sim, nós somos a nossa consciência. Podemos dizer que nossa memoria é a melhor maneira de nos definirmos, mesmo levando em consideração que nossa consciência muda com o passar do tempo. Neste caso mudamos, mas permanecemos os mesmos. Ninguém deixa de ser alguém se passar a apreciar, sei lá, Vitor e Leo (ou deixa?). Mudamos nossoa gostos, nossas vontades, nossa moral, mas não deixamos de nos reconhecer como a mesma pessoa por causa disso.
Porém aqui reside um dilema cruel. Se um clone seu possui suas memórias, seus desejos, suas lembranças mais íntimas, todos seus segredos (que você votou no Collor e tudo mais), tem suas fobias, suas aspirações. Podemos afirmar que o clone é você?
Sim podemos. Não vale argumentar dizendo: “eu sou eu por que vim primeiro que o clone” como você poderia ter certeza? Todos seus pensamentos são os mesmos lembra? E se não houvesse ninguém de fora pra poder dizer? Mas como ele pode ser eu, se eu sou eu? Bem, boa sorte...
O que faz você ser você e não outro? Sua constituição génetica? Sua aparência? Suas memórias?
Bem, tudo que existe em você: pele, sangue, genes e até a molecula de seu DNA é formada por elementos quimicos. Pelos mesmos elementos químicos que estavam aqui no dia da criação. Não há perda de matéria lembra? Portanto, os átomos que te formam já estavam, estão e estarão aqui. Dizer que você é as moléculas que te formam é afirmar que, basicamente, todos somos um corpo só, e, francamente, isto só era bem aceito nos anos 70.
Você também não pode ser apenas o que aparenta. Por quê? Imagine, por exemplo, o Presidente Lula e FHC. São duas pessoas diferentes sem dúvida, e não por causa da política econômica de seus governos. Pensamenos então em todas as óbvias diferenças físicas entre os dois: a barba, os noves dedos, o fato de um ainda ter esposa. Imagine agora que, por sorte, o avião do atual presidente caiu, Lula e FHC sofrem um acidente 06 vezes pior que o de Leornado de Caprio em O Aviador. Imagine que eles ficaram completamente desfigurados, perderam as pernas, os braços, os estomagos. Estão fisicamente idênticos, (apenas duas massas pretas jogadas em macas de hospital) sobrevivendo apenas por ajuda de santos e aparelhos. Eles deixaram de ser duas pessoas diferentes? É claro que não. Continuam feios, é verdade, mas ainda são duas pessoas diferentes.
Então, você é suas memórias? Bem, consideremos aqui memórias não apenas como sinônimo de lembranças, mas como sendo todo o conjunto de pensamentos, desejos, recordações que existem no nossa mente, ou seja nossa consciência. Sim, nós somos a nossa consciência. Podemos dizer que nossa memoria é a melhor maneira de nos definirmos, mesmo levando em consideração que nossa consciência muda com o passar do tempo. Neste caso mudamos, mas permanecemos os mesmos. Ninguém deixa de ser alguém se passar a apreciar, sei lá, Vitor e Leo (ou deixa?). Mudamos nossoa gostos, nossas vontades, nossa moral, mas não deixamos de nos reconhecer como a mesma pessoa por causa disso.
Porém aqui reside um dilema cruel. Se um clone seu possui suas memórias, seus desejos, suas lembranças mais íntimas, todos seus segredos (que você votou no Collor e tudo mais), tem suas fobias, suas aspirações. Podemos afirmar que o clone é você?
Sim podemos. Não vale argumentar dizendo: “eu sou eu por que vim primeiro que o clone” como você poderia ter certeza? Todos seus pensamentos são os mesmos lembra? E se não houvesse ninguém de fora pra poder dizer? Mas como ele pode ser eu, se eu sou eu? Bem, boa sorte...
16 fevereiro, 2009
FEVEREIROS
(“Alalá ôôôôô...! Alalá ôôôôô...!”)
Estamos em fevereiro, e como em todos os anos, os ânimos de [quase] todos estão a mil! Não se fala em outra coisa a não ser, CARNAVAL.
Pois é. Toda conversa, seja na escola, trabalho, bar, universidade, casa, igreja (isso mesmo, até nas igrejas!), gira em torno do carnaval. Lugar algum escapa desse assunto.
As perguntas mais freqüentes são: “Vai passar carnaval onde?”; “ E aí, onde vai ser o carnaval mais ‘irado’?”; “Ei ‘rapá’, carnaval na praia ou na serra?”.
E os comentários após o carnaval são praticamente os mesmos: “Bebi todas!”; “Fiquei com um monte de gatas (os)!”; “Bebi tanto que desmaiei!”; “Tive que tomar glicose na veia!”.
É que existe a idéia de que tudo é possível no carnaval. Tudo mesmo!!
Algumas pessoas “se oprimem” o ano todo só esperando ansiosamente pelo carnaval para “se libertar”. E como se libertam! Libertam seus instintos mais selvagens (e libidinosos!). Homem sai pelas ruas vestido de mulher, mulher anda seminua, as pessoas sentem-se a vontade em dormir nas ruas (ou fazer TODAS as suas necessidades nela!). Beber até cair é algo merecedor de troféu! Pessoas que geralmente mal abrem a boca para desejar um “bom dia” de tão tímidas que são, nesta época, se tornam em algumas situações as mais populares da festa, pois abraçam, beijam e sorriem para todo mundo.
E tudo que se faz, depois é justificado com a célebre frase: “Ah, é carnaval!”. Pronto, só isso já explica tudo.
Você pode me ignorar, afinal, a vida é sua e ninguém melhor do que você para saber o que lhe faz feliz, portanto, beba, fume, cheire, dance e namore em pé (mas não esqueça a camisinha!). Mas que tal se propor algo diferente neste carnaval?! Um retiro espiritual ou pelo menos segurar – um pouco – a onda.
Lembre-se, são quatro dias para se libertar, mas o resto do ano (ou da vida!) para se arrepender.
Um Feliz Carnaval!
Estamos em fevereiro, e como em todos os anos, os ânimos de [quase] todos estão a mil! Não se fala em outra coisa a não ser, CARNAVAL.
Pois é. Toda conversa, seja na escola, trabalho, bar, universidade, casa, igreja (isso mesmo, até nas igrejas!), gira em torno do carnaval. Lugar algum escapa desse assunto.
As perguntas mais freqüentes são: “Vai passar carnaval onde?”; “ E aí, onde vai ser o carnaval mais ‘irado’?”; “Ei ‘rapá’, carnaval na praia ou na serra?”.
E os comentários após o carnaval são praticamente os mesmos: “Bebi todas!”; “Fiquei com um monte de gatas (os)!”; “Bebi tanto que desmaiei!”; “Tive que tomar glicose na veia!”.
É que existe a idéia de que tudo é possível no carnaval. Tudo mesmo!!
Algumas pessoas “se oprimem” o ano todo só esperando ansiosamente pelo carnaval para “se libertar”. E como se libertam! Libertam seus instintos mais selvagens (e libidinosos!). Homem sai pelas ruas vestido de mulher, mulher anda seminua, as pessoas sentem-se a vontade em dormir nas ruas (ou fazer TODAS as suas necessidades nela!). Beber até cair é algo merecedor de troféu! Pessoas que geralmente mal abrem a boca para desejar um “bom dia” de tão tímidas que são, nesta época, se tornam em algumas situações as mais populares da festa, pois abraçam, beijam e sorriem para todo mundo.
E tudo que se faz, depois é justificado com a célebre frase: “Ah, é carnaval!”. Pronto, só isso já explica tudo.
Você pode me ignorar, afinal, a vida é sua e ninguém melhor do que você para saber o que lhe faz feliz, portanto, beba, fume, cheire, dance e namore em pé (mas não esqueça a camisinha!). Mas que tal se propor algo diferente neste carnaval?! Um retiro espiritual ou pelo menos segurar – um pouco – a onda.
Lembre-se, são quatro dias para se libertar, mas o resto do ano (ou da vida!) para se arrepender.
Um Feliz Carnaval!
12 fevereiro, 2009
Atormentado pelo dia
Acorda com uma indisposição, o relógio toca sem se preocupar de como ele está. Sonolento se levanta. Mecanicamente vai ao banheiro, sabe que a água fria é a fonte para sair do transe do sono. Por muitas vezes pensa em não querer acordar. O daí que o espera vale tudo isso. Não quero fugir do meu sonho, da minha ilusão perfeita diz ele.
A barulhenta cidade acorda, e ele não tem escolhas, viver no que já está decidido. Deve acordar! No banho, não a tempo a perder. Corra, corra! Se arrume! Em meio à arrumação mecanizada, que faz todo dia. Em meio a arrumação ainda acha tempo para pensar no bom que será se ele começar a tomar as decisões do mundo que o cerca.
Medo o atinge, a mudança é algo incerto. Para que mudar, ele sobrevive bem do jeito que está.
Atraso sempre. Na parada, sons o perseguem, conversas alheias, murmúrios, lamentações, até orações para um dia bom. O interior dele se perturba com tanta agitação.
Lá vem o trânsito, numa cidade sem descanso. Só construção a admirar e pensar no quão paradoxal é a vida, tentando fugir da inquietude do mundo. E ainda sim ele ouve as asneiras da cidade. Já se acostumou?! Os ouvidos adaptaram-se aos ruídos, mas o corpo ainda não a tanta intoxicação.
No trabalho, Oh não disse ele. Cinco minutos atrasado. Lá vem sermão do chefe, de como o minuto é importante e quão essencial você é a empresa. Ele é um “colaborador” e a empresa depende dele. Bronca, advertência tentando ser motivacional. O que quer dizer isso afinal.
Tenta focalizar no trabalho, esperando que assim passe mais rápido. Se a menos não contassem as horas e sim a força e meta alcançadas no dia. Isso sim seria motivacional.
Atrapalha-se a olhar as novas colaboradoras. Como em todo lugar, sempre existe alguém ou algo a nos atrapalhar. Ele olha o potencial de todas. Cuidado, ou outro sermão vai levar. Ele tenta espera a hora do almoço chegar, mas ele tem medo de arriscar. O dia pode ser pior se “queimar”. Por que é tão difícil tomar decisões?! Ou é o medo de mudar a vida que o atormenta.
Exaurido por este dia, alivia-se de acabar um dia de trabalho. Conversar com os colegas, ligar para amigos, vale tudo no final do dia. Para pelo menos salva-lo da desgraça da monotonia. Recusas são feitas. Alegações as mesmas. Tomadas pela canseira do dia.
O jeito é ele voltar para casa, mas uma vez atravessa a cidade no ônibus lotado. O ônibus transforma-se numa sauna. Hora de expelir o ar e ficar mais imprensado. E ainda ter que suportar o trânsito que já deixou de ser suportável.
Chegando a casa, só resta um jantar e um banho a tomar. Deita-se na cama, libertando-se das tormentas do dia e pondo a sonhar em um dia em outro lugar.
A barulhenta cidade acorda, e ele não tem escolhas, viver no que já está decidido. Deve acordar! No banho, não a tempo a perder. Corra, corra! Se arrume! Em meio à arrumação mecanizada, que faz todo dia. Em meio a arrumação ainda acha tempo para pensar no bom que será se ele começar a tomar as decisões do mundo que o cerca.
Medo o atinge, a mudança é algo incerto. Para que mudar, ele sobrevive bem do jeito que está.
Atraso sempre. Na parada, sons o perseguem, conversas alheias, murmúrios, lamentações, até orações para um dia bom. O interior dele se perturba com tanta agitação.
Lá vem o trânsito, numa cidade sem descanso. Só construção a admirar e pensar no quão paradoxal é a vida, tentando fugir da inquietude do mundo. E ainda sim ele ouve as asneiras da cidade. Já se acostumou?! Os ouvidos adaptaram-se aos ruídos, mas o corpo ainda não a tanta intoxicação.
No trabalho, Oh não disse ele. Cinco minutos atrasado. Lá vem sermão do chefe, de como o minuto é importante e quão essencial você é a empresa. Ele é um “colaborador” e a empresa depende dele. Bronca, advertência tentando ser motivacional. O que quer dizer isso afinal.
Tenta focalizar no trabalho, esperando que assim passe mais rápido. Se a menos não contassem as horas e sim a força e meta alcançadas no dia. Isso sim seria motivacional.
Atrapalha-se a olhar as novas colaboradoras. Como em todo lugar, sempre existe alguém ou algo a nos atrapalhar. Ele olha o potencial de todas. Cuidado, ou outro sermão vai levar. Ele tenta espera a hora do almoço chegar, mas ele tem medo de arriscar. O dia pode ser pior se “queimar”. Por que é tão difícil tomar decisões?! Ou é o medo de mudar a vida que o atormenta.
Exaurido por este dia, alivia-se de acabar um dia de trabalho. Conversar com os colegas, ligar para amigos, vale tudo no final do dia. Para pelo menos salva-lo da desgraça da monotonia. Recusas são feitas. Alegações as mesmas. Tomadas pela canseira do dia.
O jeito é ele voltar para casa, mas uma vez atravessa a cidade no ônibus lotado. O ônibus transforma-se numa sauna. Hora de expelir o ar e ficar mais imprensado. E ainda ter que suportar o trânsito que já deixou de ser suportável.
Chegando a casa, só resta um jantar e um banho a tomar. Deita-se na cama, libertando-se das tormentas do dia e pondo a sonhar em um dia em outro lugar.
10 fevereiro, 2009
CHUVA
SEGUNDA-FEIRA
O dia estava norma. Matematicamente normal naquela manhã: pássaros passariando, folhas caindo, pessoas compromissadas – a futilidade vestindo-se de rotina. Eu? Só estava sentado.
Esperava, tristemente, minha aula começar (eram 8:30 do título e meu professor estava religiosamente com improvisos de horário) e comia uma criminosa fatia de bolo - mole - é claro, e tomava um providencial café-com-leite. Foi quando o vi. Vagaroso e decidido, passando por entre os banquinhos que formam as pracinhas da Universidade Estadual do Ceará.
Era apenas mais um (dentre tantos) que vadiam pelo campus: gatos, alunos, pombos, servidores, insetos, livros, carros, problemas e dúvidas...Não me chamou particularmente a atenção, mas como estava vindo na direção do meu olhar, pude observá-lo melhor: estava magro, ossudo até(Provavelmente, como os irmãos), sujo sim, mas não repulsivo. Compartilhava com todos o derrotismo de sonhos destroçados e a dignidade encontrável apenas naqueles que nada têm.
Seu gingado era um lamento, como se a qualquer momento, fosse desabar ao cimento, de tanto mal-estar. O peso da fome não se pode disfarçar. Aproximou-se. Fitou-me com seus olhos de lamúria. Não foi difícil perceber o que precisava. Apenas uma migalha de atenção, um pedaço de carinho, uma fatia de afago. Joguei-lhe minhas sobras (não tinha nada mais) e pude perceber seus dentes – os poucos que restavam – amarelados e desgastados, acostumados, quem sabe, à ossos e a indiferença, às esmolas e pontapés.
Observei-o seguir adiante (o que mais lhe restava?), cambaleante e patético. Triste, rotineiramente triste. Mordiscando o começo de seu dia.
Esperava, tristemente, minha aula começar (eram 8:30 do título e meu professor estava religiosamente com improvisos de horário) e comia uma criminosa fatia de bolo - mole - é claro, e tomava um providencial café-com-leite. Foi quando o vi. Vagaroso e decidido, passando por entre os banquinhos que formam as pracinhas da Universidade Estadual do Ceará.
Era apenas mais um (dentre tantos) que vadiam pelo campus: gatos, alunos, pombos, servidores, insetos, livros, carros, problemas e dúvidas...Não me chamou particularmente a atenção, mas como estava vindo na direção do meu olhar, pude observá-lo melhor: estava magro, ossudo até(Provavelmente, como os irmãos), sujo sim, mas não repulsivo. Compartilhava com todos o derrotismo de sonhos destroçados e a dignidade encontrável apenas naqueles que nada têm.
Seu gingado era um lamento, como se a qualquer momento, fosse desabar ao cimento, de tanto mal-estar. O peso da fome não se pode disfarçar. Aproximou-se. Fitou-me com seus olhos de lamúria. Não foi difícil perceber o que precisava. Apenas uma migalha de atenção, um pedaço de carinho, uma fatia de afago. Joguei-lhe minhas sobras (não tinha nada mais) e pude perceber seus dentes – os poucos que restavam – amarelados e desgastados, acostumados, quem sabe, à ossos e a indiferença, às esmolas e pontapés.
Observei-o seguir adiante (o que mais lhe restava?), cambaleante e patético. Triste, rotineiramente triste. Mordiscando o começo de seu dia.
09 fevereiro, 2009
Luminus
Brilho é a irradiação do momento
Vidas sem brilho são vaga-lumes aleijados
Não lhes falta asas nem luminosidade
Mas a vontade de iluminar
Seja uma luz auto-suficiente
Esperar pela energia alheia
É contar com o improvável
Ser feliz é fingir-se de sol
Irradiar a todos os que o cerca
Furar o manto da escuridão
Deixando a luz transpassar o medo
Vidas sem brilho são vaga-lumes aleijados
Não lhes falta asas nem luminosidade
Mas a vontade de iluminar
Seja uma luz auto-suficiente
Esperar pela energia alheia
É contar com o improvável
Ser feliz é fingir-se de sol
Irradiar a todos os que o cerca
Furar o manto da escuridão
Deixando a luz transpassar o medo
FRAMES
Existem instantes que marcam. Determinam uma vida. Dividindo-a em antes e depois, como um véu que se dissipa e revela aos olhos incrédulos uma nova realidade. São eventos triviais e intensos, como o beijo roubado no meio de um sorriso, ou o adeus – seco e doloroso – no desenlace das mãos apaixonadas. E, tais quais velas desregradas, balançam ao vento do destino, impedindo medições aprimoradas.
São estalos de puro ardor e medo, como o nascimento do filho indesejável que sempre te esperou em segredo. Ou a leitura, lenta e colorida, daquele poema - estranho e intensamente perturbador. São atos luminosos, como a morte anunciada (e temida) do parente próximo, ou como aquela onda – lembra? Aquela que te derrubou na praia e te fez sentir medo, muito medo. São flashes de sentido, luzes negras revelando segredos, como o instante antecessor a penetração que te revela o fim da virgindade.
Ver Chaplin pela primeira vez é um destes momentos. Perder o amor nunca conquistado, e o enrijecimento incontrolável durante a descoberta da mentira e a vergonha sublinhada no olhar reprovativo de sua mãe, também.
Para alguns é o encadeamento desses fatos, sua sucessão (i)lógica, que traduz em sentido o mistério reticente, como se o resultado da equação explicasse os motivos da soma. Para outros é a espera, a cadência harmoniosa de cada acontecimento que justifica o viver, como se a cerca fosse definida pelas estacas que a sustentam.
Infelizmente a maioria das pessoas não os percebe, não os vê. Acolhendo, com agrado os joelhos de gigantes aleijados. São canhestras formigas, que sempre terão uma tela de cinema num quarto escuro abandonado: inútil, mas com propósito.
Porém, existem os outros. Poucos é verdade. São os que amam como supernovas, os que engolem os desafios e as canduras sem perder suas bússolas. São os senhores de seu destino, os capitães de sua alma, são escritores, artistas e pedreiros. Podem ser estadistas, filósofos e até lixeiros. Não importa. Para estes, sempre haverão as horas mágicas. O incansável itinerário do relojoeiro cego.
08 fevereiro, 2009
O Leitor (Um filme que podia ter dado certo)
Se alguém lhe convidasse para assitir um filme sobre um romance entre um adolescente e uma mulher madura, sendo esse romance ambientado em meio ao Holocausto judeu. Você aceitaria o convite?
Não está confiante?
O filme foi indicado ao Oscar, cinco vezes pelo Melhor Roteiro Adaptado (David Hare), Melhor Fotografia (Chris Menges, Roger Deakins), Melhor Atriz, Melhor Diretor (Stephen Daldry) e Melhor Filme.
E mais, o filme tem como atores principais a encantadora Kate Winslet e o Fantástico Ralph Fiennes.
Sei o que está pensando, toparia na hora. Certo?
Eu pensei igual.
E foi uma das minhas maiores decepções cinematográficas...
O Roteiro
Um emaranhado de possibilidades não concluídas.
Atores
Kate Winslet, interpreta Hanna, uma alemã pobre que trabalha em um bonde e remoída pela tristeza busca nos braços de um jovem garoto, Michael, uma felicidade efemêra, além de um pouco de cultura pois antes das tardes de sexo, o rapaz lê clássicos da litaratura mundial para Alemã.
Ralph Fiennes é o garoto em sua fase adulta, mas a sua atuação é tão apagada que merece um bom silêncio.
David Kross, interpreta um jovem, que encontra um mulher mais velha e fica desconcertado e apaixonado. Nada que alguém na idade dele não fizesse. Em resumo, qualquer ator juvenil que fizesse aquele papel faria parecido.
A Cena
Durante o Julgamento de Nuremberg, Hanna é acusada de selecionar judias para voltar para Auschwitz, o que seria considerado crime de guerra.
Ao ser pressionada pelo juiz, para que apresentasse os motivos de tal seleção, ela respondeu com uma sinceridade fria e depois com uma indagação.
Fazíamos por que não havia espaço para os novos refugiados e lançou ao juiz a seguinte pergunta:
O que o senhor você faria no meu lugar?
A cara do juiz sem resposta, é impagável.
O Filme
Muito fraco, pois ...
Não aprofundou a discussão sobre a moralidade, os conflitos familiares, amores não padronizados e nem mesmo Holocausto
Não foi inovador nas cenas de sexo.
E exagerou no politicamente correto.
Comentário Pessoal
Errar em escolher filme, não é o meu forte, mas dessas vez o alvo não passou nem perto. Foi uma tarde extremamente chata, devido ao filme.
Mas o que mais me impressiona é a escolha do Oscar.
Premiar um filme que não tem continuidade, inovação e ousadia, só nos resta a pensar que o filme foi escolhido pelo Tema, o que me desculpe os judeus, é uma grande bobagem!
Dicas
Critica de Lais Cattassini
http://www.cinemacomrapadura.com.br/criticas/1289/leitor,_o_(the_reader_2008)
Release do Adorocinema
http://www.adorocinema.com/filmes/leitor/leitor.asp
06 fevereiro, 2009
Eu, em dor e mente amparado...
"Há lugares onde o espírito morre a fim de que nasça uma verdade que é a sua própria negação" (Albert Camus)
Eu estive a pensar em vidas difíceis. São quase todas... Instaurou-se este pensamento a partir de Madalena - a bíblica rameira e rememorada por "Manuelito" Eduardo Campos na protagonista arrependida de "O Morro do Ouro". Daí para o desvario prodigioso da memória foi um estardalhaço.
Naquele dia, Eu, dezessete anos, pré-vestibulando aterrorizado na Capital, viajaria num TL vermelho com amigos rumo a Limoeiro do Norte. Saindo do Colégio Cearense, noite acesa de uma sexta-feira, vinte e duas horas, o encontro seria na praça Coração de Jesus. A partir dali, toda uma via sacra a descambar em um epílogo profano. Ajuste de bagagens e a assertiva de um: - Vamos jantar, pessoal, uma cervejinha, e a gente vai embora!...
A primeira parada: "Ladeira". Aquele velho restaurante fora ponto certo no caminho da lembrança de insensatas tardes no "Saint-Tropez", em plena Leste-Oeste de tantos descaminhos em fins de semana posteriores... Pois bem, desde o "Ladeira", adiante, o mundo tornou-se caldo de anseios e descobertas.
Segunda parada... Eu nunca poderia imaginar que nos altos da Mesbla, pela rua General Sampaio, ao lado do Theatro José de Alencar, aqueles seios apertados por faixas douradas, o cigarro em piteira, invadiriam o olhar do garoto espantado. Já se mantinha forçadamente esquecida visão semelhante de Eu, proibida, de dois anos antes, em que se viu na "Boite Iracema", na Carnaubinha, lupanar limoeirense pleno de mistérios ao jovem que apenas solicitara um carona no Jeep de Totonho até o Arraial, para assistir São Raimundo x Palmeiras... Aquelas eram gorduchas, indiferentes, amedrontadoras... Diferentes das "francesinhas" da Mesbla, empoadas em fantasia.
Naquela noite, os gestos ansiavam por caminhos tortos. Pois dali as próximas estações foram por portas travessas... Bares escuros, inferninhos, mulheres atrevidas, sete vidas...
Anos depois, Eu recordaria de sua ingenuidade diante do espelho gigante da rua Senador Alencar. O "Senadorzão" era palco solene depois do expediente bancário. Uma caderneta com o emblema do Botafogo se tornava rubra entre anotações. Outras visões também surgiram, quando, por outras vias, Eu acendera a curiosidade nos velhos edifícios da avenida Alberto Nepomuceno, sob o "Tatazão". Ali, a cerveja fria era cúmplice ante os cubículos de meia parede, onde falsos amores se consumiam entre gemidos.
Na rua do Trilho de Ferro, Adolfo Caminha deu espaço a seu romance A Normalista, e por lá, no que hoje se denomina avenida Tristão Gonçalves, havia também um palco para uma irônica fantasia de "strippers". E, ainda, sobre as areias da Praia do Futuro, um circo montado recebia aplausos de uma geração que se extasiava pela suposta atitude artística de transformistas, a entoarem "We are the champions", do Queen.
Fortaleza era mais autêntica e as recomendações do enfermeiro da rua Castro e Silva pareciam ingênuas diante do falso progresso que sacudiria o futuro. Hoje, o que essas menininhas euro-doleiras têm a ver com as garotas Coca-Cola de antanho do estranhamente renascido Estoril - fênix depenada da Iracema prostituída?
Aqui, ali, alhures... Em remotas eras, hoje, sempre, a lição do mundo se converte em delírios de Sade, em perversões de Henry Miller e Anaãs Nin, em sínteses eróticas de José Alcides Pinto. Calígulas e Messalinas reproduzem-se em progressão geométrica. O que Eu entende dessa vida? Importa para ele existir, mesmo seja a existência tão dolorosa de vez em quando... Melhor jogar a primeira pétala, não a pedra, como já disse Odilon Camargo...
O estatuto da cortesia deixou de ser o espetáculo em segredo da raça, conforme perversamente contara um Silvino em páginas antológicas de "Um jornal sem regras", pespontadas por Fd'I, Falcão, Tarcísio Matos e tais... Tudo se manifesta de forma tão absurdamente livre, que a libido e o desejo se transtornam em meros jogos de automática afirmação. O pecado, ah! o pecado!, é apenas uma idiossincrasia na parede da memória. E não dói mais, como seria a dor uma dádiva da vida e da generosa fruição da existência.
É certo: não sei mais daqueles amigos de viagem, mas os olhares perdidos de Margots, Bristaldas e Perpétuas soluçam na memória. Nomes nunca sabidos ponderam estigmas ante tanta permissividade dos dias de agora. Eu questiona seus pensamentos. Talvez esteja começando a sair da zona tórrida da devassidão. Talvez esteja diante de falsas verdades. Ou, mesmo, desistindo da realidade, falseada como verdade. Eu talvez pense apenas em vidas difíceis, imaginando que o perigo maior seja desconhecer que viver é só uma solução.
Jorge Pieiro, Cearense, Escritor
Eu estive a pensar em vidas difíceis. São quase todas... Instaurou-se este pensamento a partir de Madalena - a bíblica rameira e rememorada por "Manuelito" Eduardo Campos na protagonista arrependida de "O Morro do Ouro". Daí para o desvario prodigioso da memória foi um estardalhaço.
Naquele dia, Eu, dezessete anos, pré-vestibulando aterrorizado na Capital, viajaria num TL vermelho com amigos rumo a Limoeiro do Norte. Saindo do Colégio Cearense, noite acesa de uma sexta-feira, vinte e duas horas, o encontro seria na praça Coração de Jesus. A partir dali, toda uma via sacra a descambar em um epílogo profano. Ajuste de bagagens e a assertiva de um: - Vamos jantar, pessoal, uma cervejinha, e a gente vai embora!...
A primeira parada: "Ladeira". Aquele velho restaurante fora ponto certo no caminho da lembrança de insensatas tardes no "Saint-Tropez", em plena Leste-Oeste de tantos descaminhos em fins de semana posteriores... Pois bem, desde o "Ladeira", adiante, o mundo tornou-se caldo de anseios e descobertas.
Segunda parada... Eu nunca poderia imaginar que nos altos da Mesbla, pela rua General Sampaio, ao lado do Theatro José de Alencar, aqueles seios apertados por faixas douradas, o cigarro em piteira, invadiriam o olhar do garoto espantado. Já se mantinha forçadamente esquecida visão semelhante de Eu, proibida, de dois anos antes, em que se viu na "Boite Iracema", na Carnaubinha, lupanar limoeirense pleno de mistérios ao jovem que apenas solicitara um carona no Jeep de Totonho até o Arraial, para assistir São Raimundo x Palmeiras... Aquelas eram gorduchas, indiferentes, amedrontadoras... Diferentes das "francesinhas" da Mesbla, empoadas em fantasia.
Naquela noite, os gestos ansiavam por caminhos tortos. Pois dali as próximas estações foram por portas travessas... Bares escuros, inferninhos, mulheres atrevidas, sete vidas...
Anos depois, Eu recordaria de sua ingenuidade diante do espelho gigante da rua Senador Alencar. O "Senadorzão" era palco solene depois do expediente bancário. Uma caderneta com o emblema do Botafogo se tornava rubra entre anotações. Outras visões também surgiram, quando, por outras vias, Eu acendera a curiosidade nos velhos edifícios da avenida Alberto Nepomuceno, sob o "Tatazão". Ali, a cerveja fria era cúmplice ante os cubículos de meia parede, onde falsos amores se consumiam entre gemidos.
Na rua do Trilho de Ferro, Adolfo Caminha deu espaço a seu romance A Normalista, e por lá, no que hoje se denomina avenida Tristão Gonçalves, havia também um palco para uma irônica fantasia de "strippers". E, ainda, sobre as areias da Praia do Futuro, um circo montado recebia aplausos de uma geração que se extasiava pela suposta atitude artística de transformistas, a entoarem "We are the champions", do Queen.
Fortaleza era mais autêntica e as recomendações do enfermeiro da rua Castro e Silva pareciam ingênuas diante do falso progresso que sacudiria o futuro. Hoje, o que essas menininhas euro-doleiras têm a ver com as garotas Coca-Cola de antanho do estranhamente renascido Estoril - fênix depenada da Iracema prostituída?
Aqui, ali, alhures... Em remotas eras, hoje, sempre, a lição do mundo se converte em delírios de Sade, em perversões de Henry Miller e Anaãs Nin, em sínteses eróticas de José Alcides Pinto. Calígulas e Messalinas reproduzem-se em progressão geométrica. O que Eu entende dessa vida? Importa para ele existir, mesmo seja a existência tão dolorosa de vez em quando... Melhor jogar a primeira pétala, não a pedra, como já disse Odilon Camargo...
O estatuto da cortesia deixou de ser o espetáculo em segredo da raça, conforme perversamente contara um Silvino em páginas antológicas de "Um jornal sem regras", pespontadas por Fd'I, Falcão, Tarcísio Matos e tais... Tudo se manifesta de forma tão absurdamente livre, que a libido e o desejo se transtornam em meros jogos de automática afirmação. O pecado, ah! o pecado!, é apenas uma idiossincrasia na parede da memória. E não dói mais, como seria a dor uma dádiva da vida e da generosa fruição da existência.
É certo: não sei mais daqueles amigos de viagem, mas os olhares perdidos de Margots, Bristaldas e Perpétuas soluçam na memória. Nomes nunca sabidos ponderam estigmas ante tanta permissividade dos dias de agora. Eu questiona seus pensamentos. Talvez esteja começando a sair da zona tórrida da devassidão. Talvez esteja diante de falsas verdades. Ou, mesmo, desistindo da realidade, falseada como verdade. Eu talvez pense apenas em vidas difíceis, imaginando que o perigo maior seja desconhecer que viver é só uma solução.
Jorge Pieiro, Cearense, Escritor
02 fevereiro, 2009
TODOS QUEREM DIZER/OUVIR, "EU TE AMO!"
Ele chegou preocupado em sua casa. Não sabe bem ao certo por que falou aquela maldita frase justamente naquele momento. Queria encontrar uma explicação para aquilo, mas não chegava a nenhum argumento plausível. Agora que falou, sabia que iria ter que agüentar as conseqüências.
Em mais de quinze anos de vida sexual ativa, aquela foi a primeira vez que disse “eu te amo!” durante o sexo.
Na verdade, tudo não passou de um impulso. Quando estava próximo ao orgasmo, sentiu uma vontade incontrolável de dizer algo, então, resolver dizer “eu te amo!”. Mas ele sabia que foi um erro terrível, pois esse tinha sido o segundo encontro deles, e a primeira vez que foram para a cama. Com certeza, no dia seguinte ela iria ligar para ele querendo saber por que ainda não tinha ligado para ela. E pior, usando aquela vozinha dengosa de mulher apaixonada. E pior ainda, chamando-o de “mô”! Não, não. Ele não poderia entrar numa dessas, e já sabia o que deveria fazer: Iria deixar o celular desligado por, pelo menos, três dias. Assim, ela iria se cansar de tentar falar com ele. Pronto, resolveu o problema! Sorte ele ser um cara tão esperto.
Se sentiu mais calmo e o sono logo veio.
Enquanto isso, ela, em seu apartamento, apagava o nome dele do seu celular.
- Um homem que diz “eu te amo!” pra uma mulher, na primeira vez que vai pra cama com ela, só pode ser louco! Acho que vou mudar o número do meu celular...
Em mais de quinze anos de vida sexual ativa, aquela foi a primeira vez que disse “eu te amo!” durante o sexo.
Na verdade, tudo não passou de um impulso. Quando estava próximo ao orgasmo, sentiu uma vontade incontrolável de dizer algo, então, resolver dizer “eu te amo!”. Mas ele sabia que foi um erro terrível, pois esse tinha sido o segundo encontro deles, e a primeira vez que foram para a cama. Com certeza, no dia seguinte ela iria ligar para ele querendo saber por que ainda não tinha ligado para ela. E pior, usando aquela vozinha dengosa de mulher apaixonada. E pior ainda, chamando-o de “mô”! Não, não. Ele não poderia entrar numa dessas, e já sabia o que deveria fazer: Iria deixar o celular desligado por, pelo menos, três dias. Assim, ela iria se cansar de tentar falar com ele. Pronto, resolveu o problema! Sorte ele ser um cara tão esperto.
Se sentiu mais calmo e o sono logo veio.
Enquanto isso, ela, em seu apartamento, apagava o nome dele do seu celular.
- Um homem que diz “eu te amo!” pra uma mulher, na primeira vez que vai pra cama com ela, só pode ser louco! Acho que vou mudar o número do meu celular...
Brasil é 8º em ranking de transparência do gasto público
GUSTAVO URIBE - Agencia Estado
SÃO PAULO - O Brasil está na oitava posição do ranking de países de maior transparência na administração dos gastos públicos, de acordo com relatório divulgado ontem pelo International Budget Partnership (IBP), instituto americano responsável por analisar e monitorar a transparência de governos na divulgação de seus gastos.
Em estudo realizado com 80 países durante o ano passado, o relatório aponta que cerca de 80% deles não prestam contas de seus gastos.Para medir a diferença no grau de transparência entre os países, o instituto criou o Open Budget Index, que vai de 0 a 100%. No ranking da IBP, o governo federal brasileiro atingiu 74%, ficando à frente da Alemanha (64%), Índia (60%) e Rússia (68%). O relatório aponta que os dados fornecidos aos brasileiros quanto aos gastos públicos são "satisfatórios", elogiando o compromisso do Brasil em divulgar seus dados e a possibilidade da população de acompanhar os gastos e planos anuais de governo.
No entanto, o IBP indica que o País tem "certa dificuldade em monitorar os seus gastos" e só os publica uma vez por ano, uma vez que o ideal seria publicá-los a cada semestre. Outra crítica ao Brasil é a falta de clareza na divulgação das informações, que, em "linguagem técnica", torna pouco acessível o entendimento do público em geral, com o que concorda o coordenador do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), João Roberto Lopes, entidade responsável pelo envio de informações ao IBP. "No Brasil, é possível acompanhar os dados orçamentários pela internet, com um bom nível de detalhamento, embora a linguagem usada não seja tão compreensível a todos", disse.
Segundo Lopes, apesar da boa classificação, o Brasil apresenta gargalos na divulgação das contas do governo, principalmente em estatais como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Petrobras, Banco do Brasil (BB) e Caixa Econômica Federal (CEF). "O orçamento não contempla os gastos das grandes estatais, o que permite irregularidades e investimentos que não são de interesse da população", afirmou.
Os mais e menos transparentes
Os países que apresentaram informações insuficientes, segundo o ranking, foram Sudão (0), Arábia Saudita (1%), Argélia (1%), República Democrática do Congo (2%) e São Tomé e Príncipe (2%). Outros que também apresentaram níveis de baixa transparência foram Bolívia (6%), Honduras (11%) e China (14%).
Alguns países foram classificados como altamente transparentes e disponibilizam grande quantidade de dados para a população durante o processo orçamentário, como Reino Unido (88%), África do Sul (87%), França (87%), Nova Zelândia (86%) e Estados Unidos (82%).
Dentre os mais transparentes, há tanto países desenvolvidos quanto nações em desenvolvimento. A presença da África do Sul, bem como Eslovênia, Sri Lanka e Botsuana (todos fornecendo informações significativas para suas populações), demonstra que países em desenvolvimento, segundo o relatório, podem obter transparência se houver vontade suficiente dos seus governos de serem abertos e de prestar contas a sua população.
Fonte:
http://www.estadao.com.br/
http://www.internationalbudget.org/
Comentário pessoal:
Indepedente de cor partidária ou ideológica, essa é uma notícia que faz bem para o ego. Afinal somos vitoriosos em campanhas, mas os títulos nunca são honrosos.
Tudo está perfeito. Certo? Muito pelo contrário, porém a transparência nos gastos ajuda a fiscalização por parte da sociedade e influencia no bom aproveitamento do nosso dinheiro. Parabéns gestores, melhorem ainda mais!
SÃO PAULO - O Brasil está na oitava posição do ranking de países de maior transparência na administração dos gastos públicos, de acordo com relatório divulgado ontem pelo International Budget Partnership (IBP), instituto americano responsável por analisar e monitorar a transparência de governos na divulgação de seus gastos.
Em estudo realizado com 80 países durante o ano passado, o relatório aponta que cerca de 80% deles não prestam contas de seus gastos.Para medir a diferença no grau de transparência entre os países, o instituto criou o Open Budget Index, que vai de 0 a 100%. No ranking da IBP, o governo federal brasileiro atingiu 74%, ficando à frente da Alemanha (64%), Índia (60%) e Rússia (68%). O relatório aponta que os dados fornecidos aos brasileiros quanto aos gastos públicos são "satisfatórios", elogiando o compromisso do Brasil em divulgar seus dados e a possibilidade da população de acompanhar os gastos e planos anuais de governo.
No entanto, o IBP indica que o País tem "certa dificuldade em monitorar os seus gastos" e só os publica uma vez por ano, uma vez que o ideal seria publicá-los a cada semestre. Outra crítica ao Brasil é a falta de clareza na divulgação das informações, que, em "linguagem técnica", torna pouco acessível o entendimento do público em geral, com o que concorda o coordenador do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), João Roberto Lopes, entidade responsável pelo envio de informações ao IBP. "No Brasil, é possível acompanhar os dados orçamentários pela internet, com um bom nível de detalhamento, embora a linguagem usada não seja tão compreensível a todos", disse.
Segundo Lopes, apesar da boa classificação, o Brasil apresenta gargalos na divulgação das contas do governo, principalmente em estatais como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Petrobras, Banco do Brasil (BB) e Caixa Econômica Federal (CEF). "O orçamento não contempla os gastos das grandes estatais, o que permite irregularidades e investimentos que não são de interesse da população", afirmou.
Os mais e menos transparentes
Os países que apresentaram informações insuficientes, segundo o ranking, foram Sudão (0), Arábia Saudita (1%), Argélia (1%), República Democrática do Congo (2%) e São Tomé e Príncipe (2%). Outros que também apresentaram níveis de baixa transparência foram Bolívia (6%), Honduras (11%) e China (14%).
Alguns países foram classificados como altamente transparentes e disponibilizam grande quantidade de dados para a população durante o processo orçamentário, como Reino Unido (88%), África do Sul (87%), França (87%), Nova Zelândia (86%) e Estados Unidos (82%).
Dentre os mais transparentes, há tanto países desenvolvidos quanto nações em desenvolvimento. A presença da África do Sul, bem como Eslovênia, Sri Lanka e Botsuana (todos fornecendo informações significativas para suas populações), demonstra que países em desenvolvimento, segundo o relatório, podem obter transparência se houver vontade suficiente dos seus governos de serem abertos e de prestar contas a sua população.
Fonte:
http://www.estadao.com.br/
http://www.internationalbudget.org/
Comentário pessoal:
Indepedente de cor partidária ou ideológica, essa é uma notícia que faz bem para o ego. Afinal somos vitoriosos em campanhas, mas os títulos nunca são honrosos.
Tudo está perfeito. Certo? Muito pelo contrário, porém a transparência nos gastos ajuda a fiscalização por parte da sociedade e influencia no bom aproveitamento do nosso dinheiro. Parabéns gestores, melhorem ainda mais!
01 fevereiro, 2009
O Curioso caso de Benjamin Button
Assistir um filme é uma experiência que pode variar entre o óbvio e o fantástico, sendo o meio termo entre os dois o mais comum, considerando que você saiba escolher filmes.
Porém quando o filme que você assiste é fantástico, você tem um obrigação histórica de comentar com o maior número possível de pessoas.
Esse filme é O curioso caso de Benjamin Button, uma história surreal de um garoto que ao nascer possui todas as doenças de uma pessoa velha, mas para sorte do garoto irá rejuvenescer até atingir a idade de uma criança.
Atores:
O filme tem excelentes atores, nos quais destaco Brad Pitt (Benjamin), Cate Blanchett (Daisy) e Tilda Swinton.
A Cena:
A cena com brilho especial é quando Cate se insinua para um Brad Pitt boquiaberto, em uma dança sensual, sendo ela coberta pela beleza da noite.
O roteiro:
O roteiro é ágil, divertido e dramático, tudo na dose certa. Três horas quase impercepitíveis, tiradas humorísticas fiéis a um bom Stand Up Comedy e um drama sóbrio que mostra a dor, sem torná-la o fim do mundo.
O filme:
Quase perfeito, com exceção de algumas proximidades desnecessárias com o Forest Gump e a falta de raiva em quase todo o filme do Brad Pitt (imagine a sua infância em uma cadeira de rodas ou a sua maturidade longe da mulher que ama ).
Mas se foi quase perfeito, quem é o responsável? Digo que são dois, o primeiro o autor do conto F. Scott Fitzgerald e em segundo David Fincher, diretor do filme. A obra já é prima, mas contada com habilidade terá a capacidade de atingir mais pessoas.
Comentário mais que pessoal:
Assistam o filme de mente aberta e perceba por mais estranho que seja a narrativa, por mais que a sequência cronológica seja díspare, é o momento que importa, pois mesmo com cem anos ou sem idade a registrar, haverá sempre momentos marcantes e o Benjamin soube viver cada momento.
A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso. Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade.Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?Charles Chaplin
Maquiagem, Fotografia, Som, Música deixo para os especialistas, eles que comentem.
Dicas:
Uma interessante Crítica, com Amenar Neto
http://www.cinemacomrapadura.com.br/criticas/1277/curioso_caso_de_benjamin_button,_o_(the_curious_case_of_benjamin_button_2008)
O trailler:
Assinar:
Postagens (Atom)