Lá fora chove. E aqui dentro, eu choro.
A chuva lava a janela do meu quarto.
As lágrimas lavam as janelas da minh’alma.
A chuva me acompanha no meu choro.
Eu choro. Ela chove.
O céu chora um choro cristalino.
Meus olhos chovem uma chuva amargurada.
Lá fora é choro. E eu... sou chuva.
4 comentários:
Um tanto surreal!Gostei dessa mistura entre o objeto-chuva e a ação-chorar.
Mas como todo boa crítica, será que o último ponto do texto, não deveria ser uma interrogação?
Legal a comparação entre a chuva e o choro.
Um limpando o mundo e o outro limpando a alma. Ou será que os dois servem pra limpartar tanto a alma quanto o mundo?!
Belo poema catártico! Ainda que um tanto melodramatico nas imagens-simbolos que emula, é de uma sinceridade avassaladora... quem nunca chorou com chuva atire a primeira lágrima!
Rapaz, o alex está cada vez mais inpirado em seus comentários.
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