Ele chegou preocupado em sua casa. Não sabe bem ao certo por que falou aquela maldita frase justamente naquele momento. Queria encontrar uma explicação para aquilo, mas não chegava a nenhum argumento plausível. Agora que falou, sabia que iria ter que agüentar as conseqüências.
Em mais de quinze anos de vida sexual ativa, aquela foi a primeira vez que disse “eu te amo!” durante o sexo.
Na verdade, tudo não passou de um impulso. Quando estava próximo ao orgasmo, sentiu uma vontade incontrolável de dizer algo, então, resolver dizer “eu te amo!”. Mas ele sabia que foi um erro terrível, pois esse tinha sido o segundo encontro deles, e a primeira vez que foram para a cama. Com certeza, no dia seguinte ela iria ligar para ele querendo saber por que ainda não tinha ligado para ela. E pior, usando aquela vozinha dengosa de mulher apaixonada. E pior ainda, chamando-o de “mô”! Não, não. Ele não poderia entrar numa dessas, e já sabia o que deveria fazer: Iria deixar o celular desligado por, pelo menos, três dias. Assim, ela iria se cansar de tentar falar com ele. Pronto, resolveu o problema! Sorte ele ser um cara tão esperto.
Se sentiu mais calmo e o sono logo veio.
Enquanto isso, ela, em seu apartamento, apagava o nome dele do seu celular.
- Um homem que diz “eu te amo!” pra uma mulher, na primeira vez que vai pra cama com ela, só pode ser louco! Acho que vou mudar o número do meu celular...
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